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Banho no rio é marketing desde 92
DA REPORTAGEM LOCAL
As obras do projeto de despoluição do Tietê rendem uma otimista propaganda do governo do
Estado desde 1992, quando o então governador Luiz Antonio
Fleury Filho -hoje no PTB, mas
na época no PMDB- anunciou,
na companhia do ex-presidente
Fernando Collor de Mello (1990-92), o ambicioso programa de
limpeza do rio paulista.
Com um anúncio na TV protagonizado pela dupla caipira Chitãozinho & Xororó, o governo
Fleury alardeou que a população
paulistana iria voltar em breve a
tomar banho nas águas do Tietê.
A utopia publicitária, como é de
conhecimento público, não se
concretizou até hoje.
Na gestão seguinte, a do governador Mário Covas (1994-1998), a
propaganda e o uso político do
projeto teve sequência.
O mesmo ocorre no mandato
de Geraldo Alckmin (PSDB), que
assumiu o governo do Estado de
São Paulo em 2001, após a morte
de Covas. Geraldo Alckmin anunciou, no início deste ano, com estardalhaço, as obras cujas licitações agora são alvos de questionamentos do TCE (Tribunal de
Contas do Estado).
Na campanha para permanecer
à frente do governo estadual,
Alckmin conta com o andamento
da segunda etapa da despoluição
como peça fundamental do esquema de marketing montado
pela candidatura do PSDB.
Rodoanel
O mesmo ocorre com as obras
do Rodoanel, o anel viário da região metropolitana de São Paulo,
e das novas estações do metrô na
zona sul da capital.
Essas obras têm em comum,
além da importância para a possível melhoria do trânsito, irregularidades.
Tanto o Rodoanel como as estações do metrô ultrapassaram o
percentual de 25% admitido pela
Lei de Licitações para a possibilidade de aditivos -acréscimos no
orçamento inicial das obras.
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