Transportadora afirma que desnível foi causa do acidente e companhia de tráfego diz que via acabou de ser recapeada

"Foi um acidente provocado pelo rebaixamento do asfalto", diz empresário; "É uma forma de tentar se desculpar", rebate engenheiro

DA REPORTAGEM LOCAL

Para Vinícius Simões de Oliveira, diretor comercial e um dos proprietários da Acimex Assessoria de Transportes Ltda., empresa de Santos responsável pelo traslado da carga que vazou ontem na marginal Pinheiros, a causa do acidente foi um desnível na pista.
A hipótese é descartada e atacada pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). A pista havia acabado de ser recapeada e também estava sinalizada.
"Sabemos do procedimento para evitar problemas. O que houve foi um acidente provocado pelo rebaixamento do asfalto", disse Simões de Oliveira.
"Nós, engenheiros, sabemos que não há nada de errado na pista. Eles estão tentando justificar talvez uma falha do próprio motorista. É uma forma de tentar se desculpar", afirmou Antonio Tadeu Prestes de Oliveira, coordenador de planejamento operacional da CET.
O engenheiro da companhia disse que a região do acidente não é um trecho considerado crítico e que foi uma coincidência a ocorrência de um tombamento à tarde, desta vez de uma carreta com terra, na mesma pista, mas em outra faixa.
A versão do desnivelamento foi dita pelo empresário no seu depoimento à polícia. Mesma tese do motorista Fernando Allan Gomes da Silva, 25.
Segundo Simões de Oliveira, cada um dos dez cilindros estavam seguros por duas fitas de nylon ultraresistentes que se romperam no acidente.
"Quando ele fez a curva para a esquerda, tombou para a direita por causa do desnivelamento da pista. Os contêineres foram para o mesmo lado e o veículo derrubou uma árvore perto do guard-rail. É possível que ela tenha cortado as fitas."
Segundo ele, a Tecnotextil, de Santos, é a responsável pela venda da fita. Ela não foi localizada para se manifestar. (KLEBER TOMAZ E ALENCAR IZIDORO)

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