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Produto que vazou não precisa de autorização para circular
DA REPORTAGEM LOCAL
O produto transportado pelo
caminhão que tombou na marginal Pinheiros não precisava
de nenhuma autorização especial para circular em São Paulo.
Ele não está numa relação
que abrange 300 produtos perigosos e para os quais há exigência da prefeitura de uma licença
para que sejam carregados pelas ruas da capital paulista. Segundo a CET (Companhia de
Engenharia de Tráfego), 11 mil
viagens por dia são feitas por
caminhões que transportam algum desses materiais.
No total, 1.100 licenças já foram concedidas de janeiro a junho deste ano para transportadoras que levam esses produtos
perigosos -cada autorização
especial resulta em diversos
deslocamentos num só dia.
"São produtos de alta periculosidade, que chegam a ser quase letais ao ser humano", afirma Antonio Tadeu Prestes de
Oliveira, coordenador de planejamento operacional da
CET, explicando que, para ter a
licença, a transportadora deve
apresentar um plano de emergência em caso de acidentes e
ter a liberação do DSV (Departamento de Operações do Sistema Viário) e da Secretaria do
Verde e do Meio Ambiente.
Em 2006 já houve oito acidentes com veículos que transportavam cargas perigosas. No
ano passado eles totalizaram
23. A demora para a remoção
desses materiais da pista costuma se aproximar de sete horas.
A CET não tem hoje nenhum
esquema para acompanhar a
circulação desses caminhões,
até pela quantidade de viagens
realizadas. Somente as cargas
superdimensionadas e os materiais radioativos é que são
obrigados a passar pela capital
ao lado de carros e funcionários
da companhia de trânsito.
No mês passado foi firmado
um convênio da prefeitura com
a Polícia Militar que prevê a
realização de blitze que fiscalizem os veículos com cargas perigosas. Os efeitos da parceria,
no entanto, ainda não saíram
do papel.
(ALENCAR IZIDORO)
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