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Região Norte tem situação mais crítica
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
Regionalmente, a desnutrição persiste na região Norte, especialmente nas áreas
rurais, onde atingia 11% das
crianças com menos de cinco
anos em 2002-2003, num
grau considerado moderado.
A região, levando-se em conta áreas urbanas e rurais, tinha prevalência de déficit de
peso para a idade de 8%, a
maior de todas.
O Norte teve ainda evolução pior do que o Nordeste.
No Norte, o problema afetava 21,7% das crianças em
áreas urbanas em 1974-1975.
O percentual baixou para
6,7%. Já no Nordeste, caiu de
24,9% para 5,4%, livrando a
região do estigma de apresentar os piores indicadores.
Sul, Sudeste e Centro-Oeste têm prevalências de déficit
de peso muito próximas
-3,5%, 3,2% e 3,6%. Em todos os casos, as cifras estão
muito perto do nível tido como de crianças que são estruturalmente magras, que
varia de 2% a 3%.
Por outro lado, o Sul é a região mais afetada pelo excesso de peso: um em cada cinco
crianças e adolescentes do
sexo masculino de 10 a 19
anos eram atingidas pelo
problema -22,6%.
O mesmo ocorria entre os
mais ricos: 26,3% tinham excesso de peso entre os 20%
mais ricos -ou seja, uma em
cada quatro meninos. Para
os 20% mais pobres, o percentual era de apenas 15,2%.
Segundo especialistas ouvidos pela Folha, as piores
condições de saneamento e
de acesso a serviços de saúde
no Norte explicam a pior situação. Já no Sul, os hábitos
alimentares justificam o excesso de peso.
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