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Portugueses viram chefes de estabelecimentos
DA SUCURSAL DO RIO
Os donos das duas primeiras
casas de sucos da zona sul do
Rio trilharam o mesmo caminho: do balcão de lanchonetes à
chefia.
Dono do BB Lanches (criado
em 1964) desde 1980, Adelino
Monteiro, 57, tem em seu currículo uma carreira internacional. Nascido em Portugal, mudou-se para Angola aos 14 anos.
Foi trabalhar em uma lanchonete. "Lá, era bem diferente. Eu
servia peixe seco para comerem junto com pirão, fumo de
rolo...", lembra.
Após a independência de Angola, em 1975, decidiu vir ao
Brasil. Em quatro anos no Rio,
passou de feirante a dono de
uma das mais tradicionais casas de suco da cidade. "Tive ajuda de irmãos e de patrícios
[imigrantes portugueses].
Quando [a pessoa] tem vontade
de trabalhar, a gente [portugueses] ajuda mesmo."
Já o também português Antônio Castro, 70, não atravessou tantos quilômetros para
criar seu próprio negócio. O ex-balconista de uma lanchonete
na Praça Sãens Peña, na Tijuca
(zona norte), criou, em 1970, o
Pólis Sucos de Ipanema, considerados por alguns a primeira
casa de sucos "genuína" -alguns afirmam que o BB Lanches era apenas uma "lanchonete", o que Monteiro nega.
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