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Fashion Kids começa em
SP na terça com destaque
para roupas ecológicas
DANIELA TÓFOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois da Fashion Rio e da
São Paulo Fashion Week, chegou a vez da Fashion Kids. Na
29ª edição, a Feira Internacional Infanto-Juvenil, nome oficial do evento que começa depois de amanhã no Expo Center Norte, em São Paulo, vai
apresentar as coleções primavera-verão que vestirão a garotada nas próximas estações
do ano.
Sem celebridades nem modelos de causar alvoroço por
onde passam, a grande atração
da Fashion Kids serão as roupas ecológicas, feitas de materiais que vão de garrafas pet
recicladas até algodão orgânico e fibra de bambu.
"A preocupação ambiental é
uma tendência que, cada vez
mais, está presente nas roupas", afirma Humberto Rebonato, organizador do evento
que conta com 350 marcas de
todo o país e deve movimentar, até sexta-feira, R$ 130 milhões. "As coleções primavera-verão chegam com esse foco,
além de muitas estampas e cores das mais variadas."
A Pistache & Banana é uma
das que irão apresentar roupas
ecológicas. "Trabalhamos para as crianças e temos de nos
preocupar com o futuro", diz
Juliana Páffaro, designer da
marca. "Nosso algodão é comprado apenas de agricultores
que não usam agrotóxicos e
nossos jeans não têm enxofre." Além dos tecidos ambientalmente corretos, a coleção
está cheia de estampas com
motivos que remetem à fauna
e à flora brasileira.
Roupas e sementes
A Vide Bula Baby e Júnior
também estará lançando jeans
lavados com menos água e camisetas com mensagens e estampas que remetem à preservação ambiental.
A grande atração da marca,
porém, será a campanha "Vamos florir o mundo", na qual
todas as roupas serão acompanhadas de saquinhos com sementes de flores e árvores para que as crianças possam
plantá-las. "É nossa forma de
ajudar na conscientização",
afirma Marina Barros, gerente
de marketing da Vide Bula.
Há 49 anos no ramo, a Petistil também começa a introduzir peças ecológicas em sua coleção para ver a aceitação do
público.
"Temos uma linha feita com
tecido de fibra de bambu que,
além de ecologicamente correto, facilita a transpiração",
diz Boris Feldman, diretor-fundador da marca.
"As crianças estão antenadas e temos de acompanhar as
mudanças. Quando começamos, os pais iam sozinhos
comprar as roupas e elas passavam de um irmão para outro. Agora, 95% dos que vão
sem os filhos voltam para trocar as peças", conta.
Outra mudança, segundo
Feldman, está nas cores. "Era
um absurdo fazer roupa preta
ou roxa para crianças antes.
Hoje, elas querem porque os
adultos usam. A moda infantil
se profissionalizou e teve de ficar atenta aos detalhes. Criança é um consumidor de moda
exigente."
As crianças Eduardo Scaramella Santana, 8, Giovanna
Rosa, 4, e Sofia Sanches de
Amaral, 4, são exemplos disso.
Eles gostam de escolher as
roupas que usam, querem
sempre novidades e não aceitam muitos palpites dos pais.
De acordo com Rebonato,
da Fashion Kids, a moda infanto-juvenil vem se profissionalizando principalmente nos
últimos três anos.
"O design da roupa infantil
brasileira é muito valorizado
em outros países, o que explica
o contínuo aumento das nossas exportações. Hoje, toda
criança quer ser fashion."
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