São Paulo, domingo, 24 de junho de 2007

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Fashion Kids começa em SP na terça com destaque para roupas ecológicas

DANIELA TÓFOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Depois da Fashion Rio e da São Paulo Fashion Week, chegou a vez da Fashion Kids. Na 29ª edição, a Feira Internacional Infanto-Juvenil, nome oficial do evento que começa depois de amanhã no Expo Center Norte, em São Paulo, vai apresentar as coleções primavera-verão que vestirão a garotada nas próximas estações do ano.
Sem celebridades nem modelos de causar alvoroço por onde passam, a grande atração da Fashion Kids serão as roupas ecológicas, feitas de materiais que vão de garrafas pet recicladas até algodão orgânico e fibra de bambu.
"A preocupação ambiental é uma tendência que, cada vez mais, está presente nas roupas", afirma Humberto Rebonato, organizador do evento que conta com 350 marcas de todo o país e deve movimentar, até sexta-feira, R$ 130 milhões. "As coleções primavera-verão chegam com esse foco, além de muitas estampas e cores das mais variadas."
A Pistache & Banana é uma das que irão apresentar roupas ecológicas. "Trabalhamos para as crianças e temos de nos preocupar com o futuro", diz Juliana Páffaro, designer da marca. "Nosso algodão é comprado apenas de agricultores que não usam agrotóxicos e nossos jeans não têm enxofre." Além dos tecidos ambientalmente corretos, a coleção está cheia de estampas com motivos que remetem à fauna e à flora brasileira.

Roupas e sementes
A Vide Bula Baby e Júnior também estará lançando jeans lavados com menos água e camisetas com mensagens e estampas que remetem à preservação ambiental.
A grande atração da marca, porém, será a campanha "Vamos florir o mundo", na qual todas as roupas serão acompanhadas de saquinhos com sementes de flores e árvores para que as crianças possam plantá-las. "É nossa forma de ajudar na conscientização", afirma Marina Barros, gerente de marketing da Vide Bula.
Há 49 anos no ramo, a Petistil também começa a introduzir peças ecológicas em sua coleção para ver a aceitação do público.
"Temos uma linha feita com tecido de fibra de bambu que, além de ecologicamente correto, facilita a transpiração", diz Boris Feldman, diretor-fundador da marca.
"As crianças estão antenadas e temos de acompanhar as mudanças. Quando começamos, os pais iam sozinhos comprar as roupas e elas passavam de um irmão para outro. Agora, 95% dos que vão sem os filhos voltam para trocar as peças", conta.
Outra mudança, segundo Feldman, está nas cores. "Era um absurdo fazer roupa preta ou roxa para crianças antes. Hoje, elas querem porque os adultos usam. A moda infantil se profissionalizou e teve de ficar atenta aos detalhes. Criança é um consumidor de moda exigente."
As crianças Eduardo Scaramella Santana, 8, Giovanna Rosa, 4, e Sofia Sanches de Amaral, 4, são exemplos disso. Eles gostam de escolher as roupas que usam, querem sempre novidades e não aceitam muitos palpites dos pais.
De acordo com Rebonato, da Fashion Kids, a moda infanto-juvenil vem se profissionalizando principalmente nos últimos três anos.
"O design da roupa infantil brasileira é muito valorizado em outros países, o que explica o contínuo aumento das nossas exportações. Hoje, toda criança quer ser fashion."


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