São Paulo, terça-feira, 24 de junho de 2008

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"Não sei dizer se era raiva o que senti", diz pai

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PIEDADE

Dois dias depois de salvar a filha de um possível seqüestro relâmpago e trocar socos com os criminosos, o aposentado de 54 anos e 1,75 metro de altura disse que nunca havia brigado com alguém.
Tranqüilo, conforme definição da filha e de amigos, o aposentado afirmou que é difícil explicar a reação que teve ao ver que a sua filha estava sendo levada pelos bandidos.
Pai de outras duas filhas, ele ainda parecia assustado ontem com o que aconteceu. Conversou com a reportagem ao deixar a delegacia da cidade.

 

FOLHA - O senhor não teve medo da reação dos assaltantes quando começou a perseguição?
PAI -
Na hora nem pensei no perigo. Não sei dizer se era raiva o que senti. É algo que não se explica. Veio tudo junto. Era minha filha, né? Queria tirá-la dali de todo jeito.

FOLHA - O que aconteceu quando o senhor desceu do carro? Consegue se lembrar de algo?
PAI -
Não me lembro direito. Só sei que comecei a dar soco, chute, tudo junto. Foi tudo muito rápido. Minha filha começou a brigar também. Eles ameaçaram tirar um revólver, mas estavam desarmados. Sou um cara tranqüilo, nunca arrumei briga na minha vida. Eles eram mais novos, mas não sei de onde tirei força pra brigar com eles.

FOLHA - Alguém se machucou?
PAI -
Não, não. No fim, só levaram o celular e mais pouca coisa. Agora está tudo bem.

FOLHA - O que o senhor acha que eles iriam fazer? Era um seqüestro?
PAI -
A gente ainda não sabe. Talvez quisessem dinheiro, cartão [de crédito], essas coisas.

FOLHA - Agora, vocês estão com medo de voltar para a casa que estão construindo?
PAI -
Não. Vamos tentar levar a vida normalmente. (MP)


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