São Paulo, segunda-feira, 24 de julho de 2000


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OUTRO LADO

Agentes penitenciários culpam falhas no sistema de segurança

DA SUCURSAL DO RIO

O presidente da Associação dos Agentes Penitenciários do Rio, Francisco Rodrigues, rejeita a denúncia de que os agentes seriam os principais responsáveis pela ação de criminosos dentro dos presídios do Rio.
Segundo Rodrigues, é leviano culpar a categoria pela entrada nas prisões de produtos ilícitos como drogas e celulares. De acordo com ele, advogados, religiosos e autoridades não são revistados antes de entrar nas carceragens do Estado.
A associação, que representa 3.000 agentes penitenciários, está recorrendo na Justiça contra uma lista do governo que no mês passado pôs em disponibilidade 48 deles, investigados por crimes considerados graves.
Rodrigues não esconde que há uma guerra entre os agentes e os integrantes do Programa de Assistência Criminal da Defensoria Pública, que começou a ser implantado em outubro do ano passado. Para Rodrigues, "falta humildade" aos defensores.
"As defensoras são jovens, inexperientes e emocionalmente envolvidas. Elas chegam lá dentro, começam a olhar como a perna daquele é grossinha e como o dente daquele é bonitinho", acusa Rodrigues. Dos 30 defensores, 27 são mulheres.
A coordenadora do Programa de Assistência Criminal, Márcia Fernandes, afirma que, antes da implantação do programa, os próprios agentes prestavam assistência jurídica aos presos, mas cobravam.
Segundo ela, o detento pagava de R$ 5,00 e até quantias maiores para que o alvará de soltura chegasse no prazo.


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