|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PF rastreia as
rotas utilizadas
pela facção
IURI DANTAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Enquanto as forças estaduais de São Paulo concentram esforços na organização do PCC, a Polícia
Federal vem mapeando as
fontes de drogas e armas
do grupo criminoso.
Nesse trabalho de inteligência, a PF identificou
parte das pessoas que trazem e as rotas de entrada
dos entorpecentes para o
PCC, além de localizar
uma das quadrilhas que
alugam armamentos para
o grupo. As investigações
correm em cooperação
com as forças de segurança paulistas.
Relatório interno da PF
ao qual a Folha teve acesso mostra que neste ano
foram realizadas 175 operações em São Paulo, sendo 85 delas voltadas para o
PCC. Nesse trabalho, investigadores federais privilegiam o combate ao tráfico de armas, drogas e
roubos a banco.
A inteligência da PF em
São Paulo serve de vértice
de um triângulo: nas outras duas pontas estão a
Polícia Civil e o escritório
local da Abin (Agência
Brasileira de Inteligência).
A droga que abastece o
PCC, segundo investigações da PF, entra no Brasil
pelo Paraguai e segue em
caminhões pela BR-277.
No mês passado, uma
equipe da PF conseguiu
rastrear um carregamento
desde a origem. Eram seis
toneladas de maconha em
sacos de feijão argentino.
Ao realizar a entrega em
Pirituba, bairro da zona
oeste de São Paulo onde
foram presas algumas das
21 pessoas da contabilidade do PCC semana passada, motoristas e receptadores foram presos e forneceram informações para uma nova apreensão de
quatro toneladas de cocaína dali a alguns dias.
No combate a roubos de
bancos, a PF recuperou
R$ 275 mil em assaltos
praticados contra três
agências da Caixa na capital. No total, 20 ladrões de
bancos ligados ao PCC foram presos. A PF já prendeu 27 pessoas ligadas à
facção neste ano, dentre
as quais um homem que
fornecia armas para os
ataques do PCC.
Texto Anterior: Mapa indica as áreas de atuação do PCC Próximo Texto: 500 "batizados" são monitorados fora das prisões Índice
|