São Paulo, terça-feira, 24 de julho de 2007

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Para presidente da Infraero, acidente e a crise aérea são "triste coincidência"

IURI DANTAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente da Infraero, José Carlos Pereira, rechaçou críticas que relacionam o acidente da TAM ao caos aéreo vivido no país desde a queda do vôo 1907, da Gol, que matou 154 pessoas em setembro de 2006. "É uma triste coincidência", disse.
O presidente da estatal também contestou críticas de que os diretores da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), indicados politicamente, seriam ineficientes. Pereira disse que a Anac vem agindo para melhorar a situação, mas indagado sobre um exemplo respondeu: "Prefiro não [dizer]."
O próprio governo anunciou medidas na semana passada -como a redução no número de vôos em Congonhas, a construção de um novo aeroporto em São Paulo e outras alterações- após o acidente.
"Se aquelas determinações forem seguidas à risca, tenho certeza de que o caos vai diminuir. Diminuir, não espere milagres da noite para o dia", disse Pereira.
Para o presidente da Infraero, os atrasos de mais de uma (38,1%) e os cancelamentos (20%) ocorridos até as 19h de ontem ainda eram reflexo da pane elétrica no controle de vôo de Manaus, dos problemas meteorológicos em São Paulo e no Sul e da falta de tripulações de reserva.
Uma das resoluções do Conac, de sexta-feira, determinava às companhias a criação de equipes de reforço, para eventuais problemas. Segundo Pereira, ainda não houve tempo para que as companhias se adequassem.
Ontem à tarde, a Anac também estava telefonando para as empresas pedindo que suspendessem a venda de passagens até a manhã de hoje, segundo apurou a Folha. Procurada, a agência nada disse oficialmente a respeito.


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