São Paulo, sábado, 24 de julho de 2010

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MARIA THEREZA THEMUDO D'OREY
(1929-2010)


Maytê, decoradora e pintora

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Quando estava para nascer, a família escolheu para ela o nome Maytê. Só que a mãe, muito religiosa, dizia que tal nome não era cristão. A menina então acabou sendo batizada como Maria Thereza Themudo D'Orey.
Mas o Maytê, como apelido, ficou por toda a vida.
Nascida em São Paulo, ela era filha de portugueses. Seu pai, empresário, possuía companhias de automóveis e de navegação. A família vivia entre Brasil e Portugal.
Foi cedo que aprendeu a gostar de viagens, conta uma das filhas, a psicóloga Vicky. Vivia planejando conhecer lugares diferentes, mas seu destino favorito continuava sendo a terra dos pais.
Morou no Texas e em Michigan, nos Estados Unidos, e em Paris, na França.
O primeiro casamento, que durou quatro anos, foi em meados dos anos 40, com o empresário Jayme Ribeiro Serva. Tiveram três filhas.
O segundo foi com o médico Carlos Alvarenga, com quem viveu por 27 anos. Há quatro anos, ficou viúva.
Nos anos 1950, Maytê tentou ser atriz em filmes do diretor Carlos Thiré. Mas sofreu pressão da sociedade e da família, que desaprovavam a profissão. Foi até ameaçada de perder na Justiça a guarda das filhas se seguisse na carreira. Teve de desistir.
Foi trabalhar como decoradora. Também pintava quadros, retratando pessoas com rostos de animais.
Vaidosa, era sempre eleita por colunas sociais como uma das mais elegantes. Segundo a filha, a mãe procurava viver com intensidade.
Morreu anteontem, aos 81, de câncer. Teve três filhas, seis netos e seis bisnetos.

coluna.obituario@uol.com.br


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