São Paulo, domingo, 24 de julho de 2011

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FUMIO IZUÊ (1933-2011)

Dentista e prefeito de Getulina

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Em Getulina, a 453 km de São Paulo, os pais de Fumio Izuê acreditaram que a vida poderia ser melhor. Imigrantes japoneses que trabalhavam com agricultura, mudaram-se para lá logo depois que o filho nasceu em Ituverava, no interior paulista.
O primeiro emprego de Fumio foi como agente de estatística no IBGE, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Mas teve uma doença que o limitou e acabou se aposentando precocemente.
Continuou perseguindo seu grande sonho: ser dentista. No fim dos anos 60, entrou em odonto em Lins (SP).
Segundo o filho Maurício, médico, o pai se formou em 1970, aos 37 anos, e passou a trabalhar como dentista na cidade, em seu consultório.
A mudança de área, da estatística à saúde bucal, acabou o levando a se tornar secretário da Saúde do município entre 1992 e 1996. E o contato com a política, por sua vez, o levaria a se candidatar.
Em 1997, pelo PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), tornou-se prefeito da cidade em que seus pais, lá atrás, apostaram. Aposentou-se da clínica e governou até 2000.
Casado com Mitico, que conhecera em Getulina, teve três filhos: um médico e dois dentistas -a filha é falecida.
Maurício lembra que o pai era brincalhão e que, para se distrair, gostava de pescar na região, no rio chamado Feio.
Viajou para o Japão uma vez e conheceu a cidade dos pais. Entendia bem a língua que ouvia desde pequeno.
Há cerca de cinco meses, sofreu um AVC (acidente vascular cerebral). Morreu no domingo, aos 78, em decorrência de uma infecção generalizada. Teve duas netas.

coluna.obituario@uol.com.br


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