São Paulo, quinta-feira, 24 de agosto de 2000


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EDUCAÇÃO
Consórcio de 65 instituições vai oferecer ensino à distância; primeiro objetivo é atender 600 mil professores
Governo cria universidade pública virtual

VALÉRIA DE OLIVEIRA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Os ministros Paulo Renato de Souza (Educação) e Ronaldo Sardenberg (Ciência e Tecnologia) lançaram ontem a Universidade Virtual Pública do Brasil, que deve receber cerca de 100 mil alunos nos próximos dois anos, conforme expectativa do governo.
A universidade virtual, chamada Unirede, é um consórcio que reúne 65 instituições públicas de ensino superior. Fazem parte da rede universidades federais, estaduais e Cefets (centros federais de educação tecnológica).
A primeira meta da Unirede é proporcionar formação superior (nível de licenciatura) aos cerca de 600 mil professores que atuam em educação básica. O terceiro grau é uma exigência da LDB (Lei de Diretrizes e Bases).
Dependendo das características do curso, serão utilizadas tecnologias como áudio, videoconferência, material impresso e Internet.
"As possibilidades são imensas e os benefícios serão para todo o ensino público superior", disse Paulo Renato. Segundo ele, o país carece de desenvolvimento de metodologias em que sejam utilizadas novas tecnologias.
Ainda não estão definidos os primeiros cursos superiores que a Unirede vai oferecer. Cursos de capacitação profissional, entretanto, vão ser ministrados a partir de outubro. O primeiro será de formação em educação à distância, dirigido a professores.
O curso "TV na Escola - Um Desafio" vai atender, numa primeira etapa, 30 mil professores de ensino médio e fundamental em 25 pólos regionais da Unirede.
A instituição dará prioridade à oferta de licenciaturas, mas a médio e longo prazos oferecerá, também, cursos de pós-graduação, mestrados profissionalizantes e cursos sequenciais de educação continuada.
A página da Unirede na Internet está em fase de construção. Ele dará informações sobre universidades consorciadas que já oferecem cursos à distância e sobre cursos em fase de preparação.
A Unirede aproveitará a infra-estrutura e os docentes das instituições de ensino que compõem o consórcio. Os cursos a serem oferecidos poderão ser produzidos em parceria ou isoladamente.
Segundo Paulo Renato, elaborar um curso a ser ministrado pela universidade virtual é um processo "complexo", porque "não é só colocar o livro no computador". Ele disse ainda que é preciso pensar na criação de uma biblioteca virtual, financiada pelo governo, "para que não fiquemos na dependência de outros (países)".


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