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EDUCAÇÃO
Consórcio de 65 instituições vai oferecer ensino à distância; primeiro objetivo é atender 600 mil professores
Governo cria universidade pública virtual
VALÉRIA DE OLIVEIRA
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Os ministros Paulo Renato de
Souza (Educação) e Ronaldo Sardenberg (Ciência e Tecnologia)
lançaram ontem a Universidade
Virtual Pública do Brasil, que deve receber cerca de 100 mil alunos
nos próximos dois anos, conforme expectativa do governo.
A universidade virtual, chamada Unirede, é um consórcio que
reúne 65 instituições públicas de
ensino superior. Fazem parte da
rede universidades federais, estaduais e Cefets (centros federais de
educação tecnológica).
A primeira meta da Unirede é
proporcionar formação superior
(nível de licenciatura) aos cerca
de 600 mil professores que atuam
em educação básica. O terceiro
grau é uma exigência da LDB (Lei
de Diretrizes e Bases).
Dependendo das características
do curso, serão utilizadas tecnologias como áudio, videoconferência, material impresso e Internet.
"As possibilidades são imensas
e os benefícios serão para todo o
ensino público superior", disse
Paulo Renato. Segundo ele, o país
carece de desenvolvimento de
metodologias em que sejam utilizadas novas tecnologias.
Ainda não estão definidos os
primeiros cursos superiores que a
Unirede vai oferecer. Cursos de
capacitação profissional, entretanto, vão ser ministrados a partir
de outubro. O primeiro será de
formação em educação à distância, dirigido a professores.
O curso "TV na Escola - Um Desafio" vai atender, numa primeira
etapa, 30 mil professores de ensino médio e fundamental em 25
pólos regionais da Unirede.
A instituição dará prioridade à
oferta de licenciaturas, mas a médio e longo prazos oferecerá, também, cursos de pós-graduação,
mestrados profissionalizantes e
cursos sequenciais de educação
continuada.
A página da Unirede na Internet
está em fase de construção. Ele
dará informações sobre universidades consorciadas que já oferecem cursos à distância e sobre
cursos em fase de preparação.
A Unirede aproveitará a infra-estrutura e os docentes das instituições de ensino que compõem o
consórcio. Os cursos a serem oferecidos poderão ser produzidos
em parceria ou isoladamente.
Segundo Paulo Renato, elaborar
um curso a ser ministrado pela
universidade virtual é um processo "complexo", porque "não é só
colocar o livro no computador".
Ele disse ainda que é preciso pensar na criação de uma biblioteca
virtual, financiada pelo governo,
"para que não fiquemos na dependência de outros (países)".
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