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São Paulo, domingo, 24 de agosto de 2003

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Donos declaram paixão pela floresta

DA REPORTAGEM LOCAL

No interior, no litoral norte ou no Vale do Ribeira; numa reserva que existe há seis anos, há seis meses ou que ainda quer existir. Os relatos dos proprietários são muito parecidos e cheios de paixão.
"Briguei com uma parte da família", conta o descendente de palmiteiros tradicionais (vilões número um da mata atlântica) que quer criar um centro de educação ambiental na RPPN que tem desde 97 em Tapiraí.
"A reserva virou projeto de vida", diz o ex-operador de comércio exterior, hoje "ongueiro", que quis proteger as terras da família das ocupações irregulares de São Sebastião e acabou criando a mais nova reserva privada do país.
"Fiquei três anos buscando dinheiro para mapear a área, mas vai valer a pena", sonha o biólogo que vive ligando para o Ibama, cobrando a aprovação de sua RPPN em Iporanga.
Em Tapiraí, o empresário Cássio Roberto da Silva, 52, se orgulha de dizer que, mesmo não ganhando nada com seus 1,2 km2 de mata atlântica, recebe muitos visitantes. "Não faço isso porque quero ir para o céu, mas porque a floresta é um tesouro", afirma.
No litoral norte, João Baptista Monteiro Rizzieri, 35, comemora os R$ 30 mil que recebeu de uma ONG e quer começar logo a construir a estrutura para receber turistas e estudiosos na RPPN de 1,3 km2. É disso que pretende viver.
E no Vale do Ribeira, ao lado do Petar (Parque Estadual Turístico do Alto do Ribeira), Nelson Antonio Calil Filho, 28, faz planos para a tão suada RPPN que quer criar onde, um dia, o avô pensou em montar uma pedreira. "A área pode servir como zona tampão do parque e tem como vizinhos os remanescentes de uma comunidade quilombola." (MV)

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