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São Paulo, domingo, 24 de agosto de 2003

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A vida entre as telas de cinema

DA REVISTA

Os indicadores sociais da Zona Homogênea 2 estão um pouco abaixo dos da ZH1, mas ambas têm mais afinidades do que diferenças. Da zona 2 faz parte o Morumbi, onde está a maior concentração de chefes de família que ganham acima de 20 salários mínimos, mas a área também abriga favelas como Paraisópolis e Real Parque, que puxam os indicadores para baixo.
No geral, os hábitos dos moradores das zonas são muito próximos, com uma singularidade: é na zona 2 que está a maioria dos jovens que elegeram o cinema como principal diversão.
Fatores como renda e educação explicam a diferença entre as áreas mais ricas e as mais pobres, mas não a da frequência cinematográfica entre duas regiões tão próximas.
De acordo com estimativas da Rede Popular de Cultura, ONG que leva cinema e teatro gratuito a 12 distritos das extremidades da cidade, cerca de 80% a 90% das crianças de até 12 anos da periferia nunca foram ao cinema. Já entre os adultos, esse percentual é de cerca de 70%.
Isso não acontece nas áreas nobres, onde, além de maior oferta de lazer, também há atividades gratuitas de qualidade, afirma Max Mu, coordenador da ONG.

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