DA REVISTA

Samba é o estilo musical preferido de 49,6% dos entrevistados, mas esse percentual aumenta na Zona Homogênea 3: 57,5%. Lá, a preferência por outros ritmos, como pagode, reggae, rap, forró e funk, também é mais acentuada.
Existem algumas possibilidades para explicar a diferença. "Desde a década de 80, há uma cultura musical nessas áreas semiperiféricas", explica o arquiteto e urbanista Kazuo Nakano, do Instituto Pólis, acrescentando que a região possui uma concentração de casas de bailes e de grupos com equipamentos para festas.
Além disso, segundo ele, é mais fácil para quem mora na ZH3 se deslocar à noite para as áreas 1 e 2, onde há maior oferta de lazer noturno. "A proximidade faz com que a zona 3 seja procurada também por gente das zonas 4 e 5. Por causa desses deslocamentos, o jovem da 3 tem mais acesso à diversidade da cultura musical."
Por estar no meio dos dois extremos, a ZH3 absorve as influências musicais das duas pontas -do tecno da zona 1 ao funk da 5. E isso se repete em relação aos indicadores de raça, escolaridade e trabalho.
A zona 3 também se destaca pela maior preferência dada ao esporte, apontado por 52% como a principal atividade de lazer.

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