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Promotoria quer Marcola em RDD por mais 3 anos
KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL
O Ministério Público Estadual quer que Marcos Willians
Herbas Camacho, o Marcola,
38, considerado chefe do PCC
(Primeiro Comando da Capital), continue internado no
RDD (Regime Disciplinar Diferenciado) do presídio de Presidente Bernardes (589 km de
São Paulo) por mais 3,6 anos.
Nesse sistema, considerado o
mais rígido do Estado, o preso
fica trancado 22h por dia em
cela individual monitorada por
câmeras e não tem contato físico com visitantes nem acesso a
jornal, revista, rádio ou TV.
Na última segunda-feira, um
grupo de promotores da Vara
de Execuções Criminais do Fórum da Barra Funda, na capital,
encaminhou à Justiça o pedido
de inclusão de Marcola no RDD
pelo prazo máximo permitido
na lei, ou seja, 1/6 da pena que
lhe foi aplicada.
Como a pena de Marcola vai
até 2028 e restam 22 anos para
que ele a cumpra, o suposto
chefe do PCC poderá ficar isolado até 2009.
Em pedido encaminhado à
Justiça, os promotores alegam
que, como determina a lei,
Marcola deve ser mantido em
RDD durante o período máximo, pois "apresenta alto risco
para a ordem e a segurança do
estabelecimento penal e da sociedade" e já cumpriu os 360
dias necessários sob o regime.
A requisição do Ministério
Público leva em conta envolvimento de Marcola na tentativa
frustada de resgate de si mesmo no dia 9 de janeiro.
Caso a Justiça atenda ao pedido, será uma decisão inédita
na história do RDD.
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