São Paulo, quinta-feira, 24 de agosto de 2006

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Mãe passa mal ao ver foto do filho morto

DA SUCURSAL DO RIO

Os momentos que sucederam a leitura da sentença foram de comemoração para os parentes das vítimas da chacina. Eles conseguiram conter o grito de alegria até o fim da leitura, já que a juíza Elizabeth Louro havia pedido que não houvesse manifestações ao longo da sentença.
"A gente agüentou porque respeita a justiça que foi feita", disse Maria Helena Soares Carlos, mãe do morto Felipe Soares Carlos, 13.
Pela manhã, durante as palavras da Promotoria, ela passou mal, teve um pico de pressão, que chegou a 18 por 10, e foi levada de ambulância para o Hospital da Posse. A angústia começou quando o promotor Marcelo Muniz mostrou num telão a foto de seu filho, entre as dos demais mortos.
"Dentro da ambulância, pedi muito a Deus para que eu conseguisse voltar logo e não perder a leitura da sentença. Eu só ia sair daqui com ele condenado", disse.
O sentimento é parecido com o do porteiro Sandro Alves de Paula, 34, pai do menino Douglas Brasil de Paula, 14, morto no mesmo local de Felipe.
Nos três dias do julgamento, ele não entrou momento algum na sala do tribunal. "Meu coração não ia agüentar", disse com os olhos marejados.


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