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Mãe passa mal ao ver foto do filho morto
DA SUCURSAL DO RIO
Os momentos que sucederam a leitura da sentença foram de comemoração
para os parentes das vítimas da chacina. Eles conseguiram conter o grito de
alegria até o fim da leitura,
já que a juíza Elizabeth
Louro havia pedido que
não houvesse manifestações ao longo da sentença.
"A gente agüentou porque respeita a justiça que
foi feita", disse Maria Helena Soares Carlos, mãe do
morto Felipe Soares Carlos, 13.
Pela manhã, durante as
palavras da Promotoria,
ela passou mal, teve um pico de pressão, que chegou
a 18 por 10, e foi levada de
ambulância para o Hospital da Posse. A angústia começou quando o promotor Marcelo Muniz mostrou num telão a foto de
seu filho, entre as dos demais mortos.
"Dentro da ambulância,
pedi muito a Deus para
que eu conseguisse voltar
logo e não perder a leitura
da sentença. Eu só ia sair
daqui com ele condenado", disse.
O sentimento é parecido
com o do porteiro Sandro
Alves de Paula, 34, pai do
menino Douglas Brasil de
Paula, 14, morto no mesmo local de Felipe.
Nos três dias do julgamento, ele não entrou momento algum na sala do
tribunal. "Meu coração
não ia agüentar", disse
com os olhos marejados.
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