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Incêndio atinge Parque Nacional de Brasília
Fogo já destruiu área de 2,5 mil dos 33 mil hectares; governador do DF decretou estado de calamidade pública no local
No Parque Nacional do Itatiaia, entre Rio e Minas Gerais, vento forte e a vegetação seca favoreceram a propagação do fogo
DA SUCURSAL DO RIO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com vários focos de incêndio
desde o começo desta semana,
o Parque Nacional de Brasília já
teve, até a noite de ontem, 2,5
mil hectares dos seus 33 mil devastados. Além dele, no Itatiaia,
entre Rio e Minas Gerais, o fogo
já destruiu pelo menos 500
hectares -um hectare equivale
a 10 mil m2.
Em Brasília, a área atingida
equivale a cerca de 10% do parque, que costuma ter áreas
queimadas no período de seca e
baixa umidade. Devido ao incêndio, o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), decretou estado de
calamidade pública no parque.
Dois homens que trabalham
em chácaras vizinhas ao parque são os principais suspeitos
pelo início do incêndio. Eles teriam colocado fogo em folhas
secas. Ambos foram presos ontem. Se ficar comprovada a responsabilidade dos suspeitos,
eles podem pegar até quatro
anos de prisão, além de pagar
uma multa no valor de R$ 500
por hectare queimado.
O incêndio no Parque Nacional do Itatiaia foi controlado na
parte do sul fluminense. Em
Minas Gerais ainda há alguns
focos próximos de encostas
que, segundo o Ibama, devem
ser extintos hoje. O incêndio se
iguala ao que houve em 2001 e
chega a 10% do maior da história do parque, em 1988, segundo seu diretor, Walter Behr.
O primeiro foco foi localizado no vale do Aiuruoca, em Minas Gerais, na terça-feira. Segundo o Ibama, esse tipo de incêndio costuma ser provocado
por queimadas para pastos de
gado. Pelo menos 300 hectares
da parte fluminense foram
atingidos, de acordo com o
Corpo de Bombeiros de Rezende. A distância entre os focos
dificultou o trabalho dos brigadistas e o cálculo da extensão
total da área atingida.
O vento forte e a vegetação
seca favoreceram a propagação
do fogo e dificultaram os trabalhos dos brigadistas. Duas equipes farão um sobrevôo na região hoje para conferir se há algum novo foco. A parte do parque em Minas estava sendo
controlada por homens do
PrevFogo/Ibama. No início da
noite de ontem ainda existiam
alguns focos que, segundo os
bombeiros, não apresentavam
tanto risco porque terminariam numa encosta.
No vôo de hoje poderá ser
calculada com maior precisão a
extensão da área destruída. Como os focos estavam muito distantes uns dos outros, houve
maior dificuldade para apagar
as chamas e foi preciso o trabalho conjunto de homens da
PrevFogo/Ibama, do Corpo de
Bombeiros de Rezende, Rio de
Janeiro e da Academia Militar
das Agulhas Negras.
Ontem à tarde, mesmo com
duas aeronaves-tanque com
capacidade total para transporte de 4.500 litros d'água, que
ajudariam no resfriamento e
diminuição das linhas de fogo
que ainda atingem o parque em
sua parte mineira (cabeceiras
do rio Aiuruoca e Serra Negra),
os homens do Ibama não conseguiram apagar todos os focos
existentes.
Também em Minas, o Parque Nacional da Serra do Cipó,
em Santana do Riacho (90 km
de BH), foi atingido no último
domingo por um incêndio que
destruiu pelo menos 2.000 do
seus 33.800 hectares. A área de
preservação ambiental da reserva foi atingida.
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