São Paulo, quarta-feira, 24 de agosto de 2011

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Dois são mortos em prédio da Oscar Freire

As vítimas, o irmão do presidente da Prodesp e o Mister Piauí, foram mortas a facadas

AFONSO BENITES
DE SÃO PAULO

Dois homens foram vítimas de latrocínio (roubo seguido de morte) na madrugada de ontem no apartamento de um deles em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo.
As vítimas, o analista de sistemas Eugênio Bozola, 52, e o modelo Murilo Rezende da Silva, 25, foram mortas a facadas. Seus corpos foram encontrados por uma diarista por volta das 9h de ontem no apartamento de Bozola, na rua Oscar Freire, área nobre de São Paulo. O carro dele, um Honda Civic, foi levado pelo assassino.
O analista era funcionário da empresa de tecnologia da informação Resource e irmão do diretor-presidente da Prodesp (Companhia de Processamento de Dados do Estado de SP), Célio Bozola.
Já o modelo foi eleito Mister Piauí 2011 e ficou em sexto lugar na eleição do Mister Brasil deste ano, conforme os organizadores do concurso.
Segundo o delegado Paulo Roberto de Oliveira, que foi ao apartamento na manhã de ontem, havia sangue na cozinha, na sala, em um quarto do apartamento e na garagem. Um saco plástico cobria parte da cabeça de Silva.

INVESTIGAÇÃO
O prédio onde as vítimas foram mortas não possui circuito interno de vigilância, o que dificulta a identificação do criminoso. Os policiais investigam se mais de uma pessoa praticou o crime.
A motivação não está clara, segundo os policiais. A morte pode ter ocorrido por questão passional ou para roubar os bens de Bozola.
Vizinhos deram versões diferentes para o barulho que ouviram sair do sexto andar na noite de anteontem.
Uma aposentada disse à Folha que escutou duas pessoas discutindo por volta da 0h. Já um estudante relatou que, por volta das 22h, parecia haver uma celebração no local e conseguiu distinguir duas vozes de homens.
A principal testemunha do caso, de acordo com a polícia, é o porteiro. Os investigadores esperam que ele consiga identificar a pessoa que saiu com o carro de Bozola.

PERFIL
Visto como uma pessoa tranquila, Eugênio Bozola não tinha inimigos, segundo seus familiares, e nunca relatou ter sido ameaçado. Homossexual, ele morava sozinho em São Paulo até quatro meses atrás, quando, segundo a polícia, passou a viver com um companheiro.
Os policiais que investigam o caso não souberam informar qual era a relação entre Bozola e Silva.

Colaborou ARTUR RODRIGUES, do "Agora"


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