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UNIVERSIDADE
Idéia será apresentada hoje
Estaduais de SP lançam política contra drogas
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma "constituição" que estabelece princípios e orienta a USP, a
Unicamp e a Unesp na implantação de ações práticas de prevenção e combate ao consumo de bebidas alcoólicas e drogas dentro
de seus campi e no tratamento de
funcionários e alunos usuários.
É essa a proposta da política sobre uso de álcool e drogas, apresentada hoje, na abertura do Dia
de Alerta do Uso Excessivo de Álcool nas Universidades.
O projeto sugere, por exemplo,
que seja incluída no currículo de
graduação uma disciplina sobre
prevenção ao uso indevido de
drogas e que sejam adotadas (e
devidamente fiscalizadas) medidas de restrição à venda e ao consumo de álcool -na USP, a proibição existe, mas não é cumprida.
Elaborado por pesquisadores
das três universidades, o documento tem como principal objetivo universalizar a prevenção, envolvendo principalmente os não-usuários, que se consideram protegidos dos riscos das drogas e do
álcool, mas estão mais próximos
deles do que imaginam, afirma
André Malbergier, do Grea (Grupo Interdisciplinar de Estudos do
Álcool e Drogas da USP) e um dos
coordenadores do projeto, financiado pela Fapesp.
As universidades, diz Malbergier, são ambientes que facilitam
o acesso às drogas e seu consumo
-que tradicionalmente atinge o
pico entre jovens de 18 a 25 anos.
Por serem públicas, há dificuldades (inclusive legais) em estabelecer limites efetivos ao uso e à
venda dessas substâncias, o tamanho dos campi dificulta a fiscalização, e é preciso superar uma
cultura de contestação do convencionalismo e de liberdade,
muitas vezes associada ao consumo de drogas, afirma Malbergier.
Os números refletem isso. Uma
pesquisa feita na Unesp, em 98,
mostrou que 43,5% dos alunos já
haviam experimentado algum tipo de droga, excluindo o álcool e
o tabaco -16,7% deles tiveram o
primeiro contato com a substância na própria universidade.
Num levantamento realizado
na Unicamp, em 2002, 81,4% dos
alunos haviam consumido álcool,
18,9% maconha e 1,6% cocaína,
no mês anterior à pesquisa.
Na USP, de 1996 a 2001, entre os
alunos de graduação, aumentou o
número de consumidores de maconha (de 14,9% para 16,9%), inalantes (4,1% para 6,5%) e anfetaminas (de 2,2% para 3,4%).
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