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Colégios mesclam métodos pedagógicos
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A maioria das escolas não utiliza apenas uma linha pedagógica, mas sim mescla aspectos
interessantes de cada uma delas, principalmente na alfabetização, vista como a entrada da
criança no universo escolar.
"Hoje, é difícil uma escola
que siga apenas uma metodologia à risca", explica Silvia Colello, da Faculdade de Educação
da USP e coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Alfabetização e Letramento. Segundo ela, duas grandes
linhas permeiam os métodos
de alfabetização no Brasil: o fônico e o construtivismo.
A alfabetização fônica é o ensino de correspondências entre
letras e sons. "As crianças recebem figuras e letrinhas de madeira para compor palavras
correspondentes a cada figura,
numa espécie de ditado que
compreende as dificuldades ortográficas. Com o auxílio de fichas com os nomes corretos,
realiza a autocorreção. Depois
irá passar o que foi aprendido
para a lousa e para o caderno",
diz Solange Rodella, coordenadora pedagógica do Colégio
Montessori Santa Terezinha.
Para Colello, o enfoque construtivista não considera a alfabetização apenas como um sistema de associação de letras.
"Uma pessoa pode saber os códigos e não ser capaz de ler e
compreender. A língua escrita é
muito mais complexa, é um
meio de expressão e compreensão do mundo. Esse processo
começa desde o nascimento e
dura a vida toda", diz.
De acordo com ela, a alfabetização começa em casa, com os
pais contando histórias e manuseando jornais, livros e até
listas de compras.
A escola também deve reforçar a entrada no mundo das letras mesmo antes da idade em
que os alunos terão um contato
mais formal. "A professora conta histórias e incentiva as crianças a criar histórias coletivas
oralmente", diz Rodella.
(INGRID AGUIAR)
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