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Aumento de mortes no Rio se deve a uso de armas mais pesadas, diz comandante da PM
RAPHAEL GOMIDE
DA SUCURSAL DO RIO
O comandante-geral da Polícia Militar do Rio, Ubiratan Ângelo, afirmou ontem, em seminário sobre direitos humanos,
que o aumento de 19% de mortes de civis em suposto confronto com a polícia neste ano
-segundo estatística divulgada
anteontem pelo Instituto de
Segurança Pública- se deve ao
armamento cada vez mais pesado adotado por policiais e criminosos e ao fato de os traficantes não se renderem.
"Quando era tenente da PM,
combatíamos contra revólveres calibre 22, 32, 38 e havia
uma ou outra pistola calibre 45.
Hoje são fuzis e metralhadoras", disse, comentando que os
tiros antes eram disparados de
distância menor -o que pode
explicar ainda o aumento nas
balas perdidas.
Ângelo também atribuiu o alto número de mortes e o aumento de crimes à onda de violência do fim de 2006 e início
de 2007, quando bandidos
queimaram um ônibus com
pessoas dentro e atacaram policiais nas ruas. "Tivemos de
guardar nossos planos momentaneamente na gaveta [...]. Agora os planos estão sendo retirados da gaveta."
O professor da Universidade
do Estado do Rio de Janeiro Ignacio Cano, que debatia com
Ângelo, contestou o coronel
alegando que, se essa fosse a explicação, o número de policiais
mortos também teria aumentado. Para Ângelo, maior planejamento, uso de inteligência e
grande número de policiais em
operações evitaram mais mortes entre membros da polícia.
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