Reajustes salariais variam de 3,84% a 23,43% para os 125,6 mil policiais civis e militares do Estado de SP

DA REPORTAGEM LOCAL

O governador José Serra (PSDB) sancionou ontem duas leis que mudam os critérios de concessões de gratificações e concedem reajustes salariais que variam de 3,84% a 23,43% para os 125,6 mil policiais civis e militares do Estado.
De acordo com o secretário de Planejamento, Francisco Vidal Luna, a medida representa um custo de R$ 500 milhões na folha de pagamento do Estado.
Os salários dos policiais que trabalham em cidades com até 50 mil habitantes foram equiparados aos daqueles que trabalham em municípios com até 200 mil moradores.
O cálculo do reajuste foi feito a partir da unificação do ALE (Adicional de Localidade de Serviço) e do AOL (Adicional Operacional de Localidade).
Além do aumento, também será incorporada aos salários, a partir de 2008, a GAP (Gratificação de Atividade Policial), no valor de R$ 100.
Outras mudanças são o pagamento da licença-prêmio em dinheiro e um bônus para delegados que acumulam funções em outra unidade -o chamado acúmulo de titularidade.
Com as mudanças nas gratificações, o menor salário pago aos policiais no Estado passa de R$ 1.240 para R$ 1.432. O menor salário nas cidades com mais de 500 mil habitantes passa de R$ 1.909 para 1.999.
Os menores salários tiveram aumento, sem contar vantagens e gratificações, que variam de 4,28% a 22,67%, de acordo com a assessoria da Secretaria de Segurança Pública.
O governo calculou que, de 2002 a 2007, os policiais tiveram aumento real de 25,08% a 65,81% já descontada a inflação do período medida pela Fipe.
O reajuste havia sido anunciado em julho, período em que a polícia ameaçava entrar em greve e estava em meio a uma série de suspeitas de corrupção.


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