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OUTRO LADO
Governo aprovou edital, afirma diretor
DA REPORTAGEM LOCAL
O diretor de Concessões e
Operações Rodoviárias do
DNER, Lívio Assis Rodrigues,
afirmou que "o edital foi elaborado com a participação do Ministério dos Transportes e do
DNER e teve, ainda, a aprovação final do Conselho Nacional
de Desestatização, que é um órgão do governo".
"O que interessa para o governo é que as empresas que
vão participar tenham condições de alavancar recursos,
tanto internamente quanto internacionalmente", diz Rodrigues.
"O edital tem que ser rigoroso quanto à capacidade e à saúde financeira das empresas
participantes", afirma o diretor
de Concessões do DNER.
O Ministério dos Transportes
e o DNER não comentaram as
alegações do SindusCon na impugnação do edital de concessão de rodovias.
Segundo Rodrigues, "o órgão
não tem como se manifestar
sobre uma impugnação da
qual ainda não tomou conhecimento oficialmente".
A assessoria do Ministério
dos Transportes informou que
o ministro Eliseu Padilha não
se manifestaria sobre o recurso.
O presidente da ABCR (Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias),
Moacyr Duarte, está participando de um congresso internacional sobre rodovias, em
Gramado, Rio Grande do Sul.
Sua assessoria informou que
"não cabe à ABCR se manifestar sobre a impugnação, uma
vez que a entidade reúne empresas constituídas após a decisão das licitações, e não antes".
No dia 11 de novembro de
1998, o SindusCon protocolou
impugnação semelhante no
DNER, pedindo a suspensão da
concorrência. Questionava
dois editais, um dos quais para
escolher a empresa que exploraria o mesmo trecho (São
Paulo-Curitiba) e cujos critérios de participação estão sendo novamente contestados.
"Os editais permitem mas inviabilizam a formação de consórcios", afirmou o então presidente do sindicato, Sérgio
Porto.
Uma semana depois, a Divisão de Cadastro e Licitações do
Ministério dos Transportes publicava ato, no "Diário Oficial"
da União, sob o título de "Aviso
de Adiamento de Concorrência Internacional".
A nota oficial não explicava
os motivos do adiamento. A assessoria do órgão alegou, na
ocasião, que a medida atendia à
"necessidade de readequar essas contratações à nova realidade econômica".
(FV)
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