São Paulo, quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

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SP estipula metas para os hospitais públicos

Recursos serão liberados a cada três meses, de acordo com o cumprimento dos objetivos; início será no mês de janeiro

Unidades terão de atender metas como redução de casos de infecção e de cesáreas e melhoria no atendimento ambulatorial

FERNANDA BASSETTE
DA REPORTAGEM LOCAL

Os 72 hospitais públicos do Estado de São Paulo, ligados à administração direta, terão de cumprir metas de gestão e de qualidade a partir de janeiro de 2009 -assim como já acontece com as 49 unidades administradas pelas Organizações Sociais de Saúde (OSS). É a primeira vez que a Secretaria da Saúde estipula metas para essas unidades de saúde.
Segundo o secretário da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, os hospitais terão as metas avaliadas a cada três meses, quando novos objetivos serão estipulados. A liberação dos recursos passará a ser flexível -variando com o cumprimento das metas, e não mais anual.
Entre as metas estão a melhoria no atendimento ambulatorial, número de internações e de consultas, redução dos casos de infecção hospitalar, redução das cesáreas e melhora na taxa de ocupação.
"Vamos criar um sistema de acompanhamento e a cada três meses vamos avaliar as informações dos hospitais. Se as metas forem cumpridas, a gente libera os recursos financeiros correspondentes àquele volume de atendimento. Se não forem cumpridas, vamos pesquisar por que isso aconteceu. Se necessário, podemos até trocar o gestor", afirmou Barata.
Nos primeiros três meses, três hospitais vão participar: Hospital Regional Sul (zona sul), Hospital Geral de Taipas (zona norte) e Hospital Infantil Cândido Fontoura (zona leste). A expectativa da secretaria é que até 2010 todos os hospitais do Estado atuem desse modelo.
O governador José Serra (PSDB) assinou ontem os contratos de gestão com as OSS para a administração de 49 unidades de saúde do Estado e liberou R$ 1,7 bilhão para serem aplicados no gerenciamento. Todas essas unidades também têm metas a serem cumpridas.
Do total de recursos, o maior valor (R$ 113 milhões) será destinado ao Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira.
Segundo Serra, os hospitais geridos pelas OSS atendem 25% mais pacientes e gastam 10% menos, em relação às unidades de administração direta.


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