São Paulo, sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

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Justiça libera três agressores da Paulista

O outro menor, que aparece em imagens usando uma lâmpada fluorescente nos ataques, seguirá internado por 3 anos

Segundo o TJ, garotos admitiram motivação homofóbica; liberados terão de prestar serviço comunitário em ONG


AFONSO BENITES
ELIANE TRINDADE

DE SÃO PAULO

Três acusados de agredir jovens por motivo homofóbico na região da avenida Paulista foram soltos pela Justiça. Eles deixaram ontem à tarde uma unidade da Fundação Casa (ex-Febem) após quase 30 dias internados.
O único que segue detido é um rapaz de 16 anos que aparece em imagens de câmeras de segurança agredindo um jovem com uma lâmpada fluorescente. Ele ficará internado por três anos e passará por avaliações trimestrais.
Os ataques ocorreram no dia 14 de novembro.
Em sua decisão, o juiz Egberto de Almeida Penido, da 1ª Vara da Infância e da Juventude, entendeu que os jovens liberados devem responder por lesão corporal, enquanto que o rapaz que está detido responde também por tentativa de homicídio.
Segundo o Tribunal de Justiça, os três jovens ficarão em liberdade assistida por um ano e terão de se apresentar semanalmente ao juizado. Além disso, por seis meses, eles deverão prestar serviços comunitários em uma ONG, ainda a ser definida, que atue no combate ao preconceito racial ou sexual.
A assessoria de imprensa do TJ diz que os rapazes admitiram à Justiça a motivação homofóbica dos ataques.
O advogado Alexandre Afonso, defensor de um dos agressores, nega. Ele diz que os pais de todos concordaram com a infração aplicada.
A defesa do rapaz que ficou detido afirmou que vai recorrer da sentença.
O quinto integrante do grupo de agressores, Jonathan Lauton Domingues, 19, está foragido desde terça-feira, após ter a prisão decretada. O advogado dele, Édio Dalla Torre, não foi encontrado.


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