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NOVO HORÁRIO
Na inauguração, prefeita admite que, mesmo com iluminação e guardas, teme por segurança do lugar
Parque Ibirapuera passa a funcionar até a meia-noite
BRUNO LIMA
DA REPORTAGEM LOCAL
Pela primeira vez desde que foi
entregue como presente do 400º
aniversário da cidade, o parque
Ibirapuera ficou aberto até a
meia-noite, ontem. A mudança
dá início ao novo horário de funcionamento, das 5h às 24h, e marca as comemorações do 449º aniversário da cidade.
A chuva e o vento prejudicaram
a visitação. Por volta das 20h30, a
prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), inaugurou os 51 novos
pontos de iluminação e vistoriou
veículos e equipamentos doados
por empresas parceiras para reforçar a segurança do local.
Marta acendeu uma maquete
representando a nova iluminação
-a pista de cooper ganhou 41
postes de luz a vapor de sódio e
outras 10 luminárias foram espalhadas pelo parque.
Segundo o secretário do Verde e
do Meio Ambiente, Adriano Diogo, a adesão ao novo horário será
uma questão de hábito. "Aos poucos, ganharemos a confiança dos
visitantes, que ficarão até mais
tarde", afirmou.
Até anteontem, 116 guardas civis municipais patrulhavam o
parque, que ficava aberto das 6h
às 20h. Com a ampliação do horário, mais 50 oficiais foram deslocados para esse trabalho.
Somente o portão 10, da avenida
Pedro Álvares Cabral, ficará aberto até a meia-noite.
Medo
Além dos convidados e funcionários, poucos visitantes ouviram
o discurso da prefeita, entre eles, a
diretora do MAM (Museu de Arte
Moderna), Milú Villela. "Isso vai
ajudar a aliviar a tensão das pessoas que trabalham até mais tarde", disse a empresária.
Em seu discurso, a prefeita utilizou as palavras "sonho e pesadelo" para descrever o que sente
com o novo horário. "Eu nasci
aqui pertinho, a uns três quarteirões, e sempre tive o sonho de poder ver as pessoas passearem à
noite no parque", declarou.
Pouco depois, a prefeita afirmou que a iniciativa era ousada e
que poderia lhe tirar o sono. "O
meu pesadelo agora é que aconteça alguma coisa errada aqui. É
uma preocupação a mais."
Às 22h30, o contador Fernando
Araújo, 29, era talvez o primeiro
paulistano a aproveitar a mudança e prolongar a caminhada.
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