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São Paulo, sábado, 25 de janeiro de 2003

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NOVO HORÁRIO

Na inauguração, prefeita admite que, mesmo com iluminação e guardas, teme por segurança do lugar

Parque Ibirapuera passa a funcionar até a meia-noite

BRUNO LIMA
DA REPORTAGEM LOCAL

Pela primeira vez desde que foi entregue como presente do 400º aniversário da cidade, o parque Ibirapuera ficou aberto até a meia-noite, ontem. A mudança dá início ao novo horário de funcionamento, das 5h às 24h, e marca as comemorações do 449º aniversário da cidade.
A chuva e o vento prejudicaram a visitação. Por volta das 20h30, a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), inaugurou os 51 novos pontos de iluminação e vistoriou veículos e equipamentos doados por empresas parceiras para reforçar a segurança do local.
Marta acendeu uma maquete representando a nova iluminação -a pista de cooper ganhou 41 postes de luz a vapor de sódio e outras 10 luminárias foram espalhadas pelo parque.
Segundo o secretário do Verde e do Meio Ambiente, Adriano Diogo, a adesão ao novo horário será uma questão de hábito. "Aos poucos, ganharemos a confiança dos visitantes, que ficarão até mais tarde", afirmou.
Até anteontem, 116 guardas civis municipais patrulhavam o parque, que ficava aberto das 6h às 20h. Com a ampliação do horário, mais 50 oficiais foram deslocados para esse trabalho.
Somente o portão 10, da avenida Pedro Álvares Cabral, ficará aberto até a meia-noite.

Medo
Além dos convidados e funcionários, poucos visitantes ouviram o discurso da prefeita, entre eles, a diretora do MAM (Museu de Arte Moderna), Milú Villela. "Isso vai ajudar a aliviar a tensão das pessoas que trabalham até mais tarde", disse a empresária.
Em seu discurso, a prefeita utilizou as palavras "sonho e pesadelo" para descrever o que sente com o novo horário. "Eu nasci aqui pertinho, a uns três quarteirões, e sempre tive o sonho de poder ver as pessoas passearem à noite no parque", declarou.
Pouco depois, a prefeita afirmou que a iniciativa era ousada e que poderia lhe tirar o sono. "O meu pesadelo agora é que aconteça alguma coisa errada aqui. É uma preocupação a mais."
Às 22h30, o contador Fernando Araújo, 29, era talvez o primeiro paulistano a aproveitar a mudança e prolongar a caminhada.


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