|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ALÉM DAS PAREDES
"Ex-casa" não tem parede, não tem mais nada
Era uma casa de taipa, protegida por tombamento
FELIPE MODENESE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Eram nove as casas de taipa
de pilão na cidade de São Paulo
protegidas pelo patrimônio.
Sobraram sete. Duas, embora tombadas, viraram ruínas.
Foi o destino da sede do sítio
Itaim, que sucumbiu num terreno da avenida Faria Lima, e
da sede do sítio Mirim, em São
Miguel Paulista.
Da casa do século 19 que deu
origem ao bairro Itaim Bibi, sobram escombros de barro expostos à chuva. Uma parada no
terreno revela o abandono das
ruínas restantes, contrariando
as placas que anunciam a restauração completa do imóvel.
Em 2003, um acordo entre o
Ministério Público e a empresa
Bela Vista S/A, proprietária do
imóvel desde 1980, definiu os
termos da recomposição da casa e um prazo de 18 meses.
Em dezembro, Teófilo Rocha, diretor da empresa que administra o terreno, afirmou que
as obras de restauro começariam no dia 15 de janeiro. A reportagem visitou o local, mas
não há sinal de obras. O diretor
for procurado durante as duas
últimas semanas, mas não
atendeu à Folha.
A arquiteta Helena Saia, responsável pelo restauro, disse
que está sendo feito o orçamento e que a obra começará
em fevereiro.
Outro patrimônio em degradação é o sítio Mirim. A prefeitura está elaborando um projeto para a revitalização do entorno, mas o sítio arqueológico
está desprotegido.
Arquitetos e estudiosos do
patrimônio histórico explicam
que infiltração de água faz com
que a taipa esfarele. Há décadas, as duas construções estão
sendo corroídas pela água.
Sete casas estão restauradas.
Seis delas mantêm algum uso.
Texto Anterior: Lei que autoriza autuações completa seis anos sem uso Próximo Texto: Detalhes são revelados em prédios tombados Índice
|