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Chuva alaga ruas e faz córrego transbordar
Água do Ipiranga invadiu avenida durante 30 minutos; deslizamento bloqueou parte da rodovia Fernão Dias
DA REPORTAGEM LOCAL
DO "AGORA"
A chuva forte que atingiu ontem São Paulo causou transbordamento do córrego Ipiranga, interdição parcial da rodovia Fernão Dias, queda de ao
menos 33 árvores e alagamento
de outros trechos da cidade.
Moradores do Jardim Romano
e do Jardim Pantanal, na zona
leste, disseram que a enchente
na região foi mais ampla que as
anteriores.
A água do córrego Ipiranga
invadiu a avenida Abraão de
Morais na altura da avenida
Bosque da Saúde, na zona sul,
durante 30 minutos -das
15h20 às 15h50.
Antes, por volta das 3h40, a
chuva derrubou uma barreira
no km 64 da rodovia Fernão
Dias, em Mairiporã, na Grande
São Paulo. Duas faixas ficaram
interditadas até as 16h, segundo a Polícia Rodoviária Federal.
Ninguém se feriu, mas o congestionamento continuava
mesmo uma hora após o desbloqueio das pistas.
A avenida Nove de Julho, na
altura da praça 14 Bis (região
central), foi um dos locais de
maior alagamento.
Em Santa Cecília, também
no centro, a enxurrada na avenida Amaral Gurgel, na saída do
metrô, passou da altura dos joelhos. Na rua Frederico Steidel,
a galeria responsável por dar
vazão à água entupiu, fazendo
com que a rua enchesse.
Uma moto e um carro ficaram submersos. "Tenho seguro, mas ele não cobre fenômenos naturais. O que mais incomoda é a sensação de impotência", lamenta o professor Cleber Signorelli Pinheiro, 31.
O túnel do Anhangabaú foi
interditado preventivamente
devido a um foco de alagamento em uma de suas entradas.
O Corpo de Bombeiros informou ter atendido no fim de semana 22 casos de árvores caídas sobre carros e 11 na rua.
Chuva recorde
Nos 24 dias deste ano, o CGE
registrou 360,3 mm de chuva.
Isso representa 50,7% a mais
do que a média para o mês na
cidade, que é de 239 mm. Já é o
janeiro mais chuvoso na história do órgão, que iniciou a medição das chuvas em 1995.
A zona oeste é a que mais sofreu, com 355,1 mm em janeiro.
A chuva também é recorde
em meses de janeiro pela medição do Departamento de Ciências Atmosféricas da USP, que
começou há 77 anos.
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