São Paulo, segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

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entrevista

Sistema ajuda bairros, diz engenheiro

DA SUCURSAL DO RIO

Por anos, o engenheiro francês Benjamin Dunesme, 36, frequentou estações de esqui da França, da Espanha, do Japão e da Argentina para montar teleféricos turísticos. Desde 2003, instala cabines sobre favelas da América do Sul sob influência de bandidos.
Diretor de projetos da empresa francesa Poma, Dunesme trabalha na instalação de teleférico no Complexo do Alemão. Antes, passara três anos em Medellín, em áreas controladas pelo tráfico.

 

FOLHA - Qual a dificuldade de instalação em área urbana?
BENJAMIN DUNESME -
Estamos falando de projeto de transporte social em zona pobre. É parecido com Medellín. São favelas com problemas sociais e de violência. Muito diferente dos projetos normais, em centros de esqui, turístico. Uso como transporte de massa é novo, iniciado em Medellín, em 2003.

FOLHA - Aumenta o desafio?
DUNESME -
A tecnologia é a mesma, mas a obrigação é outra. A maior dificuldade é acesso e segurança.

FOLHA - Como lidar com isso?
DUNESME -
Funciona bem. Onde fizemos o primeiro teleférico, em Medellín, tinha a mesma fama do Alemão. Nem polícia entrava ali. Agora, há transformação completa, não só devido ao teleférico mas também pelo trabalho social, educação. É o bairro mais turístico de Medellín.

FOLHA - O teleférico do Alemão tem potencial turístico? DUNESME - O panorama é bom e há turistas que querem ver autenticidade.


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