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JUSTIÇA
Estudantes não vão à escola por falta de transporte público
Promotor exige transporte escolar para alunos da periferia da capital
da Reportagem Local
O promotor de justiça Motauri
Ciochetti Souza, da Vara da Infância e Juventude, entrou com
ação civil pública contra o governo do Estado de São Paulo e a prefeitura. O objetivo é assegurar
transporte escolar para alunos da
periferia da zona sul da capital.
Ciochetti de Souza recebeu das
comunidades envolvidas uma relação com o nome de cerca de 100
crianças do ensino fundamental
(de 1.ª à 8.ª série), matriculadas
em escolas distantes até 10 quilômetros de casa.
Segundo o promotor, em alguns desses bairros, como Jardim
Lucélia e Eliana, não há sequer
transporte público.
"A Constituição determina ao
poder público que possibilite aos
alunos frequentar a escola", diz
Souza. De acordo com ele, muitas
dessas crianças não estão estudando por falta de condição de
chegar ao colégio.
Essas crianças são as mesmas
matriculadas em "vagas virtuais",
no início deste ano. Ou seja: em
escolas sem vagas disponíveis. Só
após o início do ano letivo elas foram acomodadas em outros colégios ou em salas improvisadas. Os
bairros citados na Ação são: Cidade Dutra, Jardins Eliana e Lucélia,
Parque Cocaia e Grajaú.
A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal da Educação
informou que o órgão só vai se
manifestar depois de receber notificação oficial sobre a ação.
Já a assessoria da secretaria estadual disse que o Estado está fornecendo transporte para 362 alunos daquela região. A Secretaria
da Educação informa que os pais
da zona sul devem procurar a Diretoria de Ensino Sul 3.
(GABRIELA ATHIAS)
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