São Paulo, quarta-feira, 25 de fevereiro de 2004

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Chuva cai como maldição para algumas escolas

DA SUCURSAL DO RIO
DOS ENVIADOS ESPECIAIS AO RIO

Evocada pela escola Tradição, Iansã, orixá dos raios e trovões, parece até que mostrou sua força no segundo dia de desfile do Grupo Especial do Rio, para desespero de algumas escolas.
A própria Tradição, que abriu a noite, não escapou. A maquiagem negra da porta-bandeira e do mestre-sala da escola escorreu com a chuva, manchando a fantasia.
A Unidos do Porto da Pedra, segunda escola a entrar na avenida, foi uma das mais prejudicadas pela chuva, desde a concentração. As plumas das fantasias do enredo sobre a história da correspondência murcharam. As barras das saias cor-de-rosa das baianas ficaram sujas de lama.
A chuva deu uma trégua nos desfiles da Imperatriz Leopoldinense e da Império Serrano, mas voltou forte no da Beija-Flor, que, como a Tradição, evocava a água no enredo sobre a Amazônia.
O penúltimo carro da Beija-Flor -Manaus, o sonho de uma Paris nos trópicos- foi parcialmente danificado ainda na concentração. Cláudia Raia, que viria como destaque, teve que descer do carro, o zíper de sua bota arrebentou. A atriz desfilou no chão, sambando com a ponta dos pés descalços.
O chão molhado também provocou o tombo de uma das componentes da ala das baianas em frente à cabine de jurados. Ensopados, os componentes da Beija-Flor tentaram fazer do azar sua sorte cantando com mais força os versos do samba que diziam "água, que lava a minh'alma, ao matar a sede da população".
A Viradouro não teve danos aparentes, mas a Mocidade, última a desfilar, entrou num sambódromo quase vazio. O público já tinha ido se aquecer em casa.


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