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Chuva cai como maldição para algumas escolas
DA SUCURSAL DO RIO
DOS ENVIADOS ESPECIAIS AO RIO
Evocada pela escola Tradição, Iansã, orixá dos raios e
trovões, parece até que mostrou sua força no segundo
dia de desfile do Grupo Especial do Rio, para desespero de algumas escolas.
A própria Tradição, que
abriu a noite, não escapou. A
maquiagem negra da porta-bandeira e do mestre-sala da
escola escorreu com a chuva,
manchando a fantasia.
A Unidos do Porto da Pedra, segunda escola a entrar
na avenida, foi uma das mais
prejudicadas pela chuva,
desde a concentração. As
plumas das fantasias do
enredo sobre a história da
correspondência murcharam. As barras das saias cor-de-rosa das baianas ficaram
sujas de lama.
A chuva deu uma trégua
nos desfiles da Imperatriz
Leopoldinense e da Império
Serrano, mas voltou forte no
da Beija-Flor, que, como a
Tradição, evocava a água no
enredo sobre a Amazônia.
O penúltimo carro da Beija-Flor -Manaus, o sonho
de uma Paris nos trópicos-
foi parcialmente danificado
ainda na concentração.
Cláudia Raia, que viria como
destaque, teve que descer do
carro, o zíper de sua bota arrebentou. A atriz desfilou no
chão, sambando com a ponta dos pés descalços.
O chão molhado também
provocou o tombo de uma
das componentes da ala das
baianas em frente à cabine
de jurados. Ensopados, os
componentes da Beija-Flor
tentaram fazer do azar sua
sorte cantando com mais
força os versos do samba
que diziam "água, que lava a
minh'alma, ao matar a sede
da população".
A Viradouro não teve danos aparentes, mas a Mocidade, última a desfilar, entrou num sambódromo
quase vazio. O público já tinha ido se aquecer em casa.
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