|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Suspeitos de assaltar Mantega negam participação em crime
Polícia investiga a ação dos três presos em outros sete roubos em Ibiúna (SP)
DA REPORTAGEM LOCAL
A Secretaria de Segurança
Pública de São Paulo investiga a
participação dos três suspeitos
de manter o ministro Guido
Mantega (Fazenda), sua mulher e amigos como reféns durante sete horas em um sítio de
Ibiúna (64 km de SP) em pelo
menos outros sete crimes na
mesma região. Os três homens
-com idades entre 18 e 20
anos-, negaram ontem ter praticado o crime.
As próprias autoridades responsáveis pelo caso já começam a admitir que será bastante
difícil comprovar a participação deles no crime, pois os três
homens estavam encapuzados.
Ontem, a cozinheira e o caseiro
do sítio disseram não ter como
reconhecer os presos.
Até agora, nenhum objeto,
arma (quatro, todas pertencentes ao dono do sítio onde Mantega estava) ou dinheiro (cerca
de R$ 20 mil) levado durante a
ação foi encontrado. A ação dos
criminosos durou entre as 23h
de terça e as 6h da Quarta-Feira
de Cinzas.
Mesmos métodos
Segundo o delegado-geral da
Polícia Civil de São Paulo, Mário Jordão Toledo Leme, assim
como no caso que vitimou
Mantega, os presos também
usariam capuzes e obrigariam
vítimas a dirigir carros no momento em que eles fogem dos
locais dos assaltos na região.
Por essas coincidências, os
três presos passaram a ser suspeitos. Mesmo assim, a polícia
não descarta a hipótese de que
outras quadrilhas de ladrões
ajam da mesma maneira em
Ibiúna.
Na noite de sexta-feira, após
o governo de São Paulo passar a
assumir oficialmente o crime
contra o ministro e seus amigos, os três homens investigados foram transferidos da delegacia central de Ibiúna para a
Cadeia Pública de São Roque
(59 km de SP). A Secretaria de
Segurança não revela a identidade dos homens.
Antes da transferência dos
suspeitos, Leme tentou minimizar o crime contra o ministro: ele evitou detalhar como os
criminosos agiram e também
disse não saber se o amigo (dono do sítio) do ministro havia
sido obrigado a dirigir de Ibiúna a São Paulo, acompanhado
de um ladrão, para arrumar os
R$ 20 mil que teve de entregar
a eles.
(ANDRÉ CARAMANTE e CÁTIA SEABRA)
Texto Anterior: Assaltante, garoto de 12 anos é analfabeto Próximo Texto: Violência: 4 são mortos em praça na zona leste de SP Índice
|