São Paulo, quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

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rio

Estrangeiro paga até R$ 1.400 para desfilar

DENISE MENCHEN
DA SUCURSAL DO RIO

"How to be a sambista?" Primeiro, pague um preço alto. Os estrangeiros que perguntam como se tornar um passista nos desfiles do Rio acham fórmulas variadas para responder à questão -e esbarram sempre em preços disparatados.
Pela primeira vez no Brasil, o engenheiro sueco Stephan Danielsson, 46, enfrentou uma semana de preparação antes de pisar na Sapucaí com a Unidos da Tijuca, anteontem. Ele e três amigos contaram com a ajuda de uma brasileira para aprender o samba-enredo da escola, que explorou a relação do homem com o espaço.
"Um de nossos amigos é casado com uma carioca. Uma amiga dela é apaixonada por Carnaval e nos ajudou. Compramos o CD e ela nos ensinou as palavras e os movimentos que deveríamos fazer."
Em outra ala da escola, o empresário alemão Markus Bachmayer, 45, também cantava animado o enredo da escola. Para ele, porém, as palavras não eram sons sem sentido. Quinze Carnavais após estrear, pela Vila Isabel, ele fala bem o português.
O aprendizado foi por meio de músicas -ele é fã de Tom Jobim. Bachmayer fugiu dos preços "para gringo" -disse ter pago R$ 150 na fantasia.
Bem mais cara foi a fantasia do americano Evereen Brown, 48, que desembolsou US$ 588 (R$ 1.405) para desfilar na Grande Rio, que homenageou a França. Mesmo antes do início da apresentação da escola, ele já se dizia impressionado com o evento. "Isso é tudo que se pode imaginar e mais. Pela televisão não dá para sentir essa atmosfera."


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