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rio
Estrangeiro paga até R$ 1.400 para desfilar
DENISE MENCHEN
DA SUCURSAL DO RIO
"How to be a sambista?"
Primeiro, pague um preço
alto. Os estrangeiros que
perguntam como se tornar
um passista nos desfiles do
Rio acham fórmulas variadas para responder à questão -e esbarram sempre
em preços disparatados.
Pela primeira vez no
Brasil, o engenheiro sueco
Stephan Danielsson, 46,
enfrentou uma semana de
preparação antes de pisar
na Sapucaí com a Unidos
da Tijuca, anteontem. Ele
e três amigos contaram
com a ajuda de uma brasileira para aprender o samba-enredo da escola, que
explorou a relação do homem com o espaço.
"Um de nossos amigos é
casado com uma carioca.
Uma amiga dela é apaixonada por Carnaval e nos
ajudou. Compramos o CD
e ela nos ensinou as palavras e os movimentos que
deveríamos fazer."
Em outra ala da escola, o
empresário alemão Markus Bachmayer, 45, também cantava animado o
enredo da escola. Para ele,
porém, as palavras não
eram sons sem sentido.
Quinze Carnavais após estrear, pela Vila Isabel, ele
fala bem o português.
O aprendizado foi por
meio de músicas -ele é fã
de Tom Jobim. Bachmayer fugiu dos preços "para
gringo" -disse ter pago R$
150 na fantasia.
Bem mais cara foi a fantasia do americano Evereen Brown, 48, que desembolsou US$ 588 (R$
1.405) para desfilar na
Grande Rio, que homenageou a França. Mesmo antes do início da apresentação da escola, ele já se dizia
impressionado com o
evento. "Isso é tudo que se
pode imaginar e mais. Pela
televisão não dá para sentir essa atmosfera."
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