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Em SP, poluição em garagem de shopping é igual à das ruas
DA REPORTAGEM LOCAL
A impressão de que o ar
das garagens de shoppings é
poluído é verdadeira. O problema é que ele é tão poluído
quanto as ruas e avenidas
onde estão instalados, segundo mostrou teste feito
pela Folha em dez centros
comerciais da capital.
Com um equipamento e
orientação do Laboratório
de Poluição Atmosférica da
Faculdade de Medicina da
USP, a reportagem detectou
que a quantidade de partículas finas supera em mais de
duas vezes a média recomendada pela OMS (Organização Mundial da Saúde),
que é de 25 microgramas por
metro cúbico.
No shopping Frei Caneca,
por exemplo, a média foi de
80, semelhante à de ruas
próximas. O mesmo no Cidade Jardim, onde o índice
foi de 74 do lado de dentro e
de 78 na marginal Pinheiros.
No Bourbon, o índice foi de
72 dentro e de 90 na av.
Francisco Matarazzo.
Segundo o patolologista
da USP, Paulo Saldiva, essas
partículas são perigosas porque penetram facilmente no
pulmão e no sangue e podem
danificar vasos. O fato de a
poluição ser semelhante à
das vias indica que os shoppings têm sistema de ventilação eficientes, diz Saldiva.
O Frei Caneca, por exemplo,
diz ter um sistema de exaustão computadorizado.
Segundo o médico, é improvável que alguém que fique por pouco tempo na garagem do shopping tenha algum prejuízo à saúde. Contudo, é possível que pessoas
que trabalhem por horas
submetidas a esse nível de
poluição sejam afetadas. É o
caso de seguranças, funcionários de valet, lava-rápidos
-no caso dos estacionamentos- ou marronzinhos e
motoristas, nas avenidas.
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