São Paulo, quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

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Em SP, poluição em garagem de shopping é igual à das ruas

DA REPORTAGEM LOCAL

A impressão de que o ar das garagens de shoppings é poluído é verdadeira. O problema é que ele é tão poluído quanto as ruas e avenidas onde estão instalados, segundo mostrou teste feito pela Folha em dez centros comerciais da capital.
Com um equipamento e orientação do Laboratório de Poluição Atmosférica da Faculdade de Medicina da USP, a reportagem detectou que a quantidade de partículas finas supera em mais de duas vezes a média recomendada pela OMS (Organização Mundial da Saúde), que é de 25 microgramas por metro cúbico.
No shopping Frei Caneca, por exemplo, a média foi de 80, semelhante à de ruas próximas. O mesmo no Cidade Jardim, onde o índice foi de 74 do lado de dentro e de 78 na marginal Pinheiros. No Bourbon, o índice foi de 72 dentro e de 90 na av. Francisco Matarazzo.
Segundo o patolologista da USP, Paulo Saldiva, essas partículas são perigosas porque penetram facilmente no pulmão e no sangue e podem danificar vasos. O fato de a poluição ser semelhante à das vias indica que os shoppings têm sistema de ventilação eficientes, diz Saldiva. O Frei Caneca, por exemplo, diz ter um sistema de exaustão computadorizado.
Segundo o médico, é improvável que alguém que fique por pouco tempo na garagem do shopping tenha algum prejuízo à saúde. Contudo, é possível que pessoas que trabalhem por horas submetidas a esse nível de poluição sejam afetadas. É o caso de seguranças, funcionários de valet, lava-rápidos -no caso dos estacionamentos- ou marronzinhos e motoristas, nas avenidas.


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