UOL


São Paulo, terça-feira, 25 de março de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

SP admite adiar bloqueio de celular

ROGÉRIO PAGNAN
DA FOLHA RIBEIRÃO

A implantação de bloqueadores de telefones celulares nas penitenciárias de Araraquara e Ribeirão Preto não tem previsão para ocorrer, admitiu ontem o secretário da Administração Penitenciária de São Paulo, Nagashi Furukawa.
O celular é a principal arma para que as facções criminosas continuem controlando de dentro das unidades o tráfico de drogas, os sequestros e outros crimes.
Foi com celulares que o PCC (Primeiro Comando da Capital) comandou a rebelião de fevereiro de 2000 que atingiu 29 presídios no Estado. As penitenciárias de Ribeirão e de Araraquara estavam entre eles. Por causa disso, o Estado anunciou que implantaria os bloqueadores prioritariamente em 20 unidades ainda no ano passado. Só que os aparelhos foram implantados até agora em apenas seis presídios.
Mesmo assim, segundo o secretário, os aparelhos já implantados estão apresentando problemas: ou os bloqueadores não estão funcionando ou estão bloqueando em excesso, atingindo os moradores de bairros próximos aos presídios. "Depois que esse ajuste técnico for feito e que não houver dúvida nenhuma da eficiência, aí nós vamos investir para instalar mais 15", afirmou.
Furukawa disse que essas falhas -que ocorreram em Guarulhos e Iaras- deixam sem expectativa de quando os novos equipamentos serão implantados. Nem há previsão de verba. A secretaria informou que a implantação dos equipamentos custa entre R$ 70 mil e R$ 110 mil cada. O sistema de Presidente Bernardes -considerado o presídio mais seguro do país- saiu por R$ 93 mil.


Texto Anterior: Em Campo Grande, prefeito vai à TV contra Beira-Mar
Próximo Texto: Morte na PF: 8 policiais federais são acusados de omissão na tortura e morte de preso
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.