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SP admite adiar bloqueio de celular
ROGÉRIO PAGNAN
DA FOLHA RIBEIRÃO
A implantação de bloqueadores
de telefones celulares nas penitenciárias de Araraquara e Ribeirão
Preto não tem previsão para ocorrer, admitiu ontem o secretário da
Administração Penitenciária de
São Paulo, Nagashi Furukawa.
O celular é a principal arma para que as facções criminosas continuem controlando de dentro
das unidades o tráfico de drogas,
os sequestros e outros crimes.
Foi com celulares que o PCC
(Primeiro Comando da Capital)
comandou a rebelião de fevereiro
de 2000 que atingiu 29 presídios
no Estado. As penitenciárias de
Ribeirão e de Araraquara estavam
entre eles. Por causa disso, o Estado anunciou que implantaria os
bloqueadores prioritariamente
em 20 unidades ainda no ano passado. Só que os aparelhos foram
implantados até agora em apenas
seis presídios.
Mesmo assim, segundo o secretário, os aparelhos já implantados
estão apresentando problemas:
ou os bloqueadores não estão
funcionando ou estão bloqueando em excesso, atingindo os moradores de bairros próximos aos
presídios. "Depois que esse ajuste
técnico for feito e que não houver
dúvida nenhuma da eficiência, aí
nós vamos investir para instalar
mais 15", afirmou.
Furukawa disse que essas falhas
-que ocorreram em Guarulhos e
Iaras- deixam sem expectativa
de quando os novos equipamentos serão implantados. Nem há
previsão de verba. A secretaria informou que a implantação dos
equipamentos custa entre R$ 70
mil e R$ 110 mil cada. O sistema de
Presidente Bernardes -considerado o presídio mais seguro do
país- saiu por R$ 93 mil.
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