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Ministério da Saúde diz que eliminar a fila é uma das prioridades do PAC
DA REPORTAGEM LOCAL
A eliminação da fila da radioterapia é um dos pontos prioritários do Plano de Aceleração
do Crescimento, o PAC da Saúde, lançado em dezembro de
2007 pelo ministro da Saúde,
José Gomes Temporão.
Segundo Inês Gadelha, técnica do Ministério da Saúde, cada
unidade de radioterapia dá cobertura a mil novos casos de
câncer. Neste ano, estima-se
que 85 mil doentes de câncer
estejam fora da cobertura dos
equipamentos existentes. Desse total, diz ela, 60% vão precisar de fato do tratamento, o que
daria 54 mil doentes novos. O
SUS é responsável por 80%
desse tipo de tratamento.
Ela diz que há 275 serviços de
oncologia credenciados e habilitados pelo SUS no país. Desses, 135 dispõem de 267 equipamentos. Para atender os novos
casos, o país deveria ter 352
aparelhos, diz a técnica.
Quanto à limitação do teto de
procedimentos, ela argumenta
que os gastos são evolutivos.
"Com a radioterapia, por exemplo, foi de R$ 77 milhões em
1999 e, em 2007, de R$ 146,3
milhões", afirma Gadelha.
Para ela, a questão não é apenas comprar e instalar aparelhos ou tentar melhorar o pagamento pelos procedimentos,
mas sim conseguir fixar recursos humanos nas regiões Norte
e Nordeste do país.
A técnica também critica a
falta de integralidade da assistência oncológica no país. "Não
adianta ter acesso isoladamente à quimioterapia ou à radioterapia. O ideal é que o paciente
seja tratado em equipe." Gadelha diz que hoje é comum o paciente ser operado em um hospital, fazer a quimioterapia e/
ou a radioterapia em outro serviço e, se apresentar complicações da quimioterapia, por
exemplo, ser internado em
uma terceira instituição.
O PAC da Saúde prevê a entrega de 24 equipamentos -ao
custo de R$ 47 milhões- e a
implantação de 20 novos Cacons (Centro de Alta Complexidade em Oncologia), com investimentos de R$ 120 milhões.
Mas, com o fim da CPMF, a
aplicação do PAC ainda é incerta, embora o ministro afirme
que está brigando por novas
fontes de recursos.
(CC)
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