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Procuradoria quer vetar rastreador obrigatório em veículos novos
Argumento da ação é que equipamento invade a privacidade dos motoristas
DA REPORTAGEM LOCAL
O Ministério Público Federal
quer vetar a resolução que obriga todos os veículos novos a saírem de fábrica equipados com
chips de rastreamento antifurto a partir de agosto.
Para isso, ingressou com uma
ação em que argumenta que o
equipamento invade a privacidade dos motoristas, já que permite rastrear a localização do
veículo mesmo sem autorização do dono e pode dar acesso a
dados sigilosos do proprietário.
A ação baseia-se em informações enviadas pela Anfavea (associação das montadoras) e por
sete fabricantes de veículos.
O Denatran (órgão nacional
de trânsito) nega. Diz que o rastreamento só irá funcionar se o
proprietário autorizar o órgão,
por escrito, a fornecer uma senha de ativação do chip.
Empresários ligados ao setor
de monitoramento por GPS
afirmaram reservadamente à
Folha que, sem o código fornecido pelo Denatran, os veículos
equipados com o chip até poderão ser "vistos" pelos sistemas
das empresas de rastreamento,
mas não será possível saber a
quem pertencem nem ter acesso a dados como licenciamento
e pendências com multas.
A obrigatoriedade do chip, a
partir deste ano, foi criada pelo
Conselho Nacional de Trânsito
em 2007. O objetivo, segundo o
Denatran, é permitir que qualquer veículo possa ser bloqueado, em caso de roubo, por empresas de rastreamento.
Mas para isso, diz o órgão, será preciso que o proprietário
contrate uma empresa que
preste serviços de rastreamento -o Denatran não rastreará
os veículos. O custo do chip varia de R$ 200 a R$ 600.
A ação foi ajuizada anteontem e agora tramita na 7ª Vara
Cível de São Paulo. O governo
tem três dias para enviar uma
defesa prévia à Justiça.
(RICARDO SANGIOVANNI)
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