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HIGHLANDERS
Defesa de PMs quer transferir caso para outro município
ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL
A defesa de quatro dos nove PMs do 37º Batalhão, na
zona sul de São Paulo, presos
preventivamente sob a acusação de terem cometido assassinatos atribuídos ao grupo de extermínio "Os Highlanders", quer que o Tribunal de Justiça declare a Justiça em Itapecerica da Serra
(Grande SP) incompetente
para cuidar do caso.
Foi em Itapecerica que a
polícia achou o corpo de Antônio Carlos Silva Alves, 31, o
Carlinhos, deficiente mental
que foi visto pela última vez
em outubro de 2008, no Jardim Capela (zona sul), quando era colocado no carro onde estavam os quatro PMs
-Moisés Alves Santos, Joaquim Aleixo Neto, Anderson
dos Santos Salles e Rodolfo
da Silva Vieira.
Para a defesa, Itapecerica
foi apenas o local onde o corpo da vítima foi abandonado.
Ainda para os advogados,
Carlinhos foi morto perto do
Jardim Capela, em São Paulo, e por isso o processo deve
correr no 3º Tribunal do Júri, responsável pelos homicídios dolosos ocorridos no extremo sul da capital.
Foi o juiz Antonio Augusto
Hristov, da 1ª Vara de Itapecerica, quem recebeu no dia
13 a denúncia oferecida pelos
promotores Salmo Mohmari
dos Santos Júnior e Marcos
de Matos e transformou em
réus os quatro PMs.
Mesmo antes de qualquer
pedido ao TJ, no entanto, no
dia 18 de fevereiro, os promotores Ivandil Dantas da
Silva e Paulo D'Amico Junior, do 3º Tribunal do Júri
da capital, foram buscar informações sobre a ação dos
"Highlanders" na Polícia Civil e também na Promotoria
do Júri de Itapecerica.
O promotor Silva afirmou
que foi a Itapecerica porque
cuidava de alguns casos de
decapitações sem solução
que tramitavam na promotoria do 3º Tribunal do Júri. A
reportagem localizou um
desses casos, o de José Mário
de Andrade Barbosa, cujo
corpo foi encontrado na Estrada do Jararau, Jardim dos
Reis (zona sul de SP), na divisa com Itapecerica -o processo foi arquivado em 2007.
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