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Inconformado, pai diz que filho será só "mais um" nas estatísticas da violência
DO ENVIADO ESPECIAL A IBITINGA
"Ele será apenas mais um nas
estatísticas da violência no
país." Essa foi a afirmação em
tom de inconformismo de Celso dos Reis Costa, 40, pai do garoto Matheus dos Reis Costa,
12, morto ontem por bala perdida, em Ibitinga.
O crime revoltou parentes do
menino e moradores da cidade.
A escola onde Matheus cursava
a sétima série dispensou os 800
alunos e decretou luto.
Funcionários do velório municipal disseram que o local não
ficava tão cheio desde o último
crime que chocou a cidade -o
assassinato de um taxista em
janeiro do ano passado. Muita
gente passou mal e precisou ser
amparada pelos amigos.
De acordo com família, Matheus era um garoto pacífico e
gostava muito de praticar esportes. Segundo a professora
de história Ester Rosseto, 43,
que deu aula para o adolescente
poucas horas antes de ocorrer o
crime, Matheus era o capitão
do time de vôlei do colégio. "Ele
era um menino exemplar, humilde. Ficamos chocados."
Segundo o pai de Matheus, as
duas principais alegrias do filho
eram o esporte e visitar o sítio
do tio, onde costumava ir cuidar dos animais. Celso afirmou
que não consegue aceitar a tragédia que pegou toda sua família de surpresa. O menino tinha
outros três irmãos. A família,
que inclui a avó do menino, mora em uma casa simples.
"Ele veio para casa após a escola, pegou as chuteiras e foi
encontrar com os colegas. Mas
eles não estavam no campinho.
Por isso voltou. Não dá para entender", disse o pai.
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