São Paulo, quarta-feira, 25 de abril de 2007

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Inconformado, pai diz que filho será só "mais um" nas estatísticas da violência

DO ENVIADO ESPECIAL A IBITINGA

"Ele será apenas mais um nas estatísticas da violência no país." Essa foi a afirmação em tom de inconformismo de Celso dos Reis Costa, 40, pai do garoto Matheus dos Reis Costa, 12, morto ontem por bala perdida, em Ibitinga.
O crime revoltou parentes do menino e moradores da cidade. A escola onde Matheus cursava a sétima série dispensou os 800 alunos e decretou luto.
Funcionários do velório municipal disseram que o local não ficava tão cheio desde o último crime que chocou a cidade -o assassinato de um taxista em janeiro do ano passado. Muita gente passou mal e precisou ser amparada pelos amigos.
De acordo com família, Matheus era um garoto pacífico e gostava muito de praticar esportes. Segundo a professora de história Ester Rosseto, 43, que deu aula para o adolescente poucas horas antes de ocorrer o crime, Matheus era o capitão do time de vôlei do colégio. "Ele era um menino exemplar, humilde. Ficamos chocados."
Segundo o pai de Matheus, as duas principais alegrias do filho eram o esporte e visitar o sítio do tio, onde costumava ir cuidar dos animais. Celso afirmou que não consegue aceitar a tragédia que pegou toda sua família de surpresa. O menino tinha outros três irmãos. A família, que inclui a avó do menino, mora em uma casa simples.
"Ele veio para casa após a escola, pegou as chuteiras e foi encontrar com os colegas. Mas eles não estavam no campinho. Por isso voltou. Não dá para entender", disse o pai.


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