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Família de padre aluga avião para buscas
Irmão afirma ter certeza que o religioso está vivo; trabalhos da Marinha prosseguem somente até hoje
DIMITRI DO VALLE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
A família do padre Adelir Antônio de Carli alugou um avião
bimotor para reforçar as buscas
pelo religioso, desaparecido
desde domingo no litoral de
Santa Catarina, após levantar
vôo preso a cerca de mil balões
de festa com gás hélio.
A aeronave saiu ontem de
Navegantes (SC) e começou a
vistoriar a costa desde o litoral
norte catarinense, onde o padre fez os últimos contatos por
celular antes de cair no mar.
A Marinha informou que os
trabalhos prosseguem somente
até hoje. Haverá então uma
análise do caso para verificar a
possibilidade de continuidade
das buscas. As primeiras 72 horas após o desaparecimento,
que venceram anteontem, foram o período considerado de
maior chance de localização.
Um avião da FAB se retirou
ontem das operações. De acordo com o 5º Distrito Naval, comandantes das duas Forças Armadas decidiram que a estrutura da Marinha é suficiente. O
avião da FAB, segundo a Marinha, fez todas as varreduras
possíveis do mar a partir de tetos mais elevados.
O bimotor fretado pela família de Carli tem autonomia para
incursões de até 100 milhas
náuticas (185 quilômetros).
"Temos certeza que ele está vivo. Por isso, alugamos o avião",
disse o irmão do padre, Marcos
de Carli. Ele pediu que a população não pare de rezar.
Carli levantou vôo para tentar quebrar um recorde mundial de permanência no ar e divulgar o trabalho da Pastoral
Rodoviária, fundada por ele em
Paranaguá (90 km de Curitiba)
para apoiar caminhoneiros.
Buscas
As buscas se estenderam ontem mais ao sul do litoral catarinense e devem chegar à cidade portuária de Imbituba (104
km a sul de Florianópolis). A
Marinha se baseia na direção
dos ventos e das correntes marítimas. Há dois navios e um
helicóptero na operação.
Outra frente de buscas está
sendo feita pelo Corpo de Bombeiros em regiões de morros e
de mata fechada de Penha (127
km a norte de Florianópolis).
O bispo de Paranaguá, dom
João Alves dos Santos, disse
que um fiel próximo ao padre
teve um "sentimento" de que o
religioso esteja perdido em
uma área de mata na região de
Penha, onde foram localizados,
boiando perto da costa, os primeiros restos de balões.
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