São Paulo, domingo, 25 de abril de 2010

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Hospitais dizem que cobram pela esterilização do material

Instituições afirmam seguir determinação da Vigilância Sanitária para centros obstétricos

Segundo maternidade do Einstein, hospital não exige contratação de empresa indicada por ela para filmagens e fotos de partos

DA REPORTAGEM LOCAL

Para o Hospital e Maternidade Santa Joana e a Maternidade Pro Matre Paulista, que pertencem ao mesmo grupo, a cobrança da "taxa de paramentação", o avental cirúrgico usado pelo acompanhante da mulher na hora do parto, é "destinada ao custo referente aos processos de higienização e esterilização das roupas apropriadas para serem usadas no centro obstétrico, com o objetivo específico de garantir a segurança tanto da mãe quanto do bebê".
O Hospital Santa Catarina diz que, "para garantir a segurança da mãe e do filho, o acompanhante deverá estar paramentado como determina a Vigilância Sanitária". "O hospital não cobra taxa de participação, mas sim repassa ao acompanhante o custo da vestimenta e esterilização", afirma em nota.
Em relação à filmagem de partos, o Santa Catarina diz que "oferece à mãe a opção de gravar o parto por meio de uma equipe especializada, porém não há exclusividade" e que o pai pode fazer o serviço.
A maternidade do Albert Einstein diz que não exige que a gravação ou fotos do parto sejam feitos por empresa indicada por ela e que a informação decorre de "informações equivocadas a respeito deste serviço, o que já foi corrigido".
O São Luiz diz que cobra a "taxa de paramentação" para "cobrir os custos do hospital com o fornecimento de roupas de uso privativo para o acompanhante, serviços de secretaria, serviços de enfermagem, desinfecção e lavanderia."
"Muito embora o direito do pai de acompanhar o parto seja reconhecido, não existe qualquer disposição legal determinando que um hospital privado preste qualquer tipo de serviço gratuitamente", diz em nota.
O São Luiz diz ainda que permite a uma única empresa gravar os partos porque o centro obstétrico "é considerado área crítica", segundo a Vigilância Sanitária". O hospital afirma que não lucra com isso.


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