São Paulo, domingo, 25 de abril de 2010

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Outro lado

Valores são por adesão, dizem entidades

DA REPORTAGEM LOCAL

As empresas procuradas pela Folha disseram que não cobram pelo prêmio, mas sim pedem uma "contribuição" ou "adesão".
Dennys Serrano, presidente da OPB, diz que o valor cobrado corresponde à impressão de cartilhas de combate às drogas.
O primeiro valor que ele disse à Folha foi de R$ 1.200; depois, falou em R$ 4.500. "Por tudo o que ele [empresário] vai receber em troca e o retorno de marca que ele tem é insignificante." Sobre o recibo de R$ 7.000, disse que o valor era muito acima do estabelecido pela OPB -e que funcionário responsável havia sido afastado.
O Cicesp informou que a cobrança se deve à entrada em uma ordem, como em um clube. O presidente Regino Barros afirmou que um conselho interno indica os premiados.
Gilberto Siqueira, diretor da Abasch, disse que o pagamento é "espontâneo". O presidente Roberto Oropallo afirmou que não sabia da cobrança e que mudaria os critérios. Sobre o selo da Secretaria da Cultura, afirmou ter recebido o título de "Parceiro da Cultura". A secretaria não confirmou.
O ICFU (Instituto Cultural da Fraternidade Universal), que pede R$ 3.600 pelo prêmio de mérito educacional, diz aos premiados que o valor corresponde à impressão de revista de combate às drogas.
Na Abiqua, o Prêmio de Incentivo à Qualidade tem custo de R$ 1.000. O valor, disse o presidente, inclui negócios e palestrantes. "Tem jantar, tem custo", diz Antonio Neto Ladeira.
A Montreal, do Top of Business, cobra R$ 3.900 por adesão. Mas, se houver empresa que não tenha condições de pagar, ela recebe o certificado via correio, disse a entidade, que diz ter critério na seleção dos premiados.


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