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Outro lado
Valores são por adesão, dizem entidades
DA REPORTAGEM LOCAL
As empresas procuradas
pela Folha disseram que
não cobram pelo prêmio,
mas sim pedem uma "contribuição" ou "adesão".
Dennys Serrano, presidente da OPB, diz que o
valor cobrado corresponde à impressão de cartilhas de combate às drogas.
O primeiro valor que ele
disse à Folha foi de R$
1.200; depois, falou em R$
4.500. "Por tudo o que ele
[empresário] vai receber
em troca e o retorno de
marca que ele tem é insignificante." Sobre o recibo
de R$ 7.000, disse que o
valor era muito acima do
estabelecido pela OPB -e
que funcionário responsável havia sido afastado.
O Cicesp informou que
a cobrança se deve à entrada em uma ordem, como em um clube. O presidente Regino Barros afirmou que um conselho interno indica os premiados.
Gilberto Siqueira, diretor da Abasch, disse que o
pagamento é "espontâneo". O presidente Roberto Oropallo afirmou que
não sabia da cobrança e
que mudaria os critérios.
Sobre o selo da Secretaria
da Cultura, afirmou ter recebido o título de "Parceiro da Cultura". A secretaria não confirmou.
O ICFU (Instituto Cultural da Fraternidade Universal), que pede R$ 3.600
pelo prêmio de mérito
educacional, diz aos premiados que o valor corresponde à impressão de revista de combate às drogas.
Na Abiqua, o Prêmio de
Incentivo à Qualidade tem
custo de R$ 1.000. O valor,
disse o presidente, inclui
negócios e palestrantes.
"Tem jantar, tem custo",
diz Antonio Neto Ladeira.
A Montreal, do Top of
Business, cobra R$ 3.900
por adesão. Mas, se houver empresa que não tenha condições de pagar,
ela recebe o certificado via
correio, disse a entidade,
que diz ter critério na seleção dos premiados.
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