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Choque só agirá sob ordem de Covas
DA REPORTAGEM LOCAL
O secretário-chefe da Casa Militar, o coronel Olavo Sant'Anna Filho, ficará responsável por acionar a tropa de choque em caso de
problemas durante a manifestação de servidores e sem-terra.
Os detalhes do esquema de segurança foram discutidos ontem
à tarde, em reunião entre o coronel, o comandante do policiamento de choque, o secretário da
Casa Civil e de Comunicação.
""Não estamos adotando nenhum esquema de contenção ou
proibição porque achamos que o
ato será pacífico, mas estaremos
preparados caso seja necessário."
No protesto da semana passada,
que acabou em pancadaria, o secretário da Segurança Pública,
Marco Vinicio Petrelluzzi, deu a
ordem para a tropa de choque liberar a avenida Paulista. Agora, o
governador Mário Covas (PSDB)
traz a decisão para a sede do governo, onde está a Casa Militar.
""O choque só irá agir na manifestação com a ordem do governador", disse o major João Donizete Scozzafave, chefe da divisão
operacional do Comando de Policiamento de Choque da capital.
A ação da PM na avenida Paulista envolveu cerca de 300 policiais, a maioria da tropa de choque. Foram 38 os feridos -33 civis e 5 militares.
Preparativos
Ontem, a PM não divulgou o
número de homens que irá usar
para a segurança do Palácio dos
Bandeirantes. Internamente, todos os policiais foram convocados e apenas a Defesa Civil irá
funcionar normalmente.
O comboio de servidores, previsto para sair do Morumbi no
início da tarde, terá escolta e batedores no trânsito.
A PM espera pouco mais de 20
mil pessoas no ato de hoje. Os líderes do protesto querem reunir
pelo menos o dobro.
O governador, que está com gripe, irá passar o dia na residência
oficial do palácio, de onde tem
despachado nos últimos dias. Covas, na semana passada, levou
uma ""bandeirada" na cabeça de
um manifestante. Segundo sua
assessoria, não estava definido
ontem se alguém do governo receberá a comissão de manifestantes. Também não há contraproposta pronta para os servidores
da saúde e da educação.
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