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UNICAMP
Conselho vota política hoje
Proposta favorece aluno de rede pública
FERNANDA BASSETTE
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
O Conselho Universitário da
Unicamp (Universidade Estadual
de Campinas) vota hoje a adoção
de uma política de auxílio para facilitar o acesso a estudantes de escolas públicas. Se aprovada, a medida começará a vigorar no próximo vestibular. A reserva de vagas
para negros foi excluída.
Pelo proposta, os estudantes de
escolas públicas receberão automaticamente 30 pontos no vestibular. Segundo a Unicamp, os
aprovados atingem, em média,
pontuação acima de 500.
O parecer do grupo de estudos
considerou "prematuro" apresentar proposta de cotas para negros e pardos, por considerar insuficientes os dados existentes,
que não permitem uma análise do
desempenho desse grupo na Unicamp, a exemplo do que foi feito
com os alunos da rede pública.
Segundo o parecer, a autodeclaração de cor só foi introduzida no
vestibular da Unicamp em 2003.
O grupo propõe estudos para a
implantação das cotas para negros para o vestibular de 2006.
Dos 50 mil candidatos deste ano,
6.800 eram negros. Dos 2.810 candidatos aprovados na prova da
universidade, 317 eram negros.
Já a média de aprovação de candidatos provenientes de escola
pública nos últimos nove anos é
de 32,6% dos inscritos.
Segundo o relatório, a proposta
tem como base pesquisas que indicam que os alunos de ensino
médio de escola pública apresentam desempenho acadêmico relativamente melhor que os que vieram da rede privada de ensino.
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