São Paulo, quarta-feira, 25 de maio de 2005

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CEGONHA IN VITRO

Casal foi concebido a partir de tratamento de fertilização realizado pela mãe há sete anos

Após 6 anos, nasce irmã gêmea de João

GISELI MARCHIOTE
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA,
EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO


João Marcelo, de seis anos, foi quem escolheu o nome de sua irmã, Alissa, que nasceu no sábado em São José do Rio Preto (440 km de SP) com 2,6 quilos e 47 centímetros. Apesar da diferença de idade, os dois são gêmeos.
Filhos da pedagoga Alessandra Câmara Silveira, 32, com o cirurgião-dentista Marcelo da Silveira, 38, os dois foram concebidos a partir de um tratamento de fertilização e reprodução assistida a que a mulher se submeteu há sete anos.
Segundo Ricardo Baruffi, ginecologista da Clínica de Reprodução Humana Sinhá Junqueira, responsável pelo tratamento de Alessandra, o casal de crianças é considerado de gêmeos não-idênticos ou fraternos.
Isso porque, diz ele, os dois foram gerados a partir de óvulos produzidos num mesmo ciclo e que foram fecundados no mesmo dia. Com problemas para engravidar devido à má qualidade dos espermatozóides do marido, o casal procurou a clínica, em Ribeirão Preto.
Foram recolhidos óvulos e espermatozóides para fertilização in vitro (FIV). Doze óvulos foram fecundados.
Naquela época, dois embriões foram implantados no útero de Alessandra e um deles gerou João Marcelo, que completou seis anos nos último dia 6. O outro embrião, que não se prendeu à parede do útero, foi absorvido pelo organismo de Alessandra.
Diante dos apelos do menino em ter uma "irmãzinha", o casal decidiu no ano passado repetir a experiência com embriões excedentes daquela época, que foram congelados em nitrogênio líquido (a -190C).
Como já ocorrera no caso de João Marcelo, a mãe conseguiu engravidar na primeira tentativa, a partir da implantação também de dois embriões.
"Nossa intenção sempre foi ter dois filhos e, depois do pedido do João, decidimos tentar, mas não esperávamos que viesse uma menina", disse Alessandra.


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