São Paulo, sexta-feira, 25 de maio de 2007

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Acordo entre governo e servidores pode pôr fim à paralisação da PF

Funcionários da polícia votarão proposta hoje em assembléias em todo o país

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Depois de quatro horas de negociação, o governo fechou ontem à noite um acordo com os funcionários da Polícia Federal que pode colocar um ponto final na paralisação da categoria. O governo ofereceu dividir o reajuste de 30% que havia prometido conceder à categoria ainda em 2006 em três parcelas que serão pagas em setembro deste ano, fevereiro de 2008 e fevereiro de 2009.
A proposta do Ministério do Planejamento prevê o pagamento de 30% em setembro deste ano, outros 55% em fevereiro de 2008 e os 15% restantes em fevereiro de 2009.
A negociação foi difícil. Antes de conseguir um acordo, o governo fez três propostas. Acabou aceitando a apresentada pela categoria. O reajuste será concedido por meio da criação de medida provisória.
A decisão dos funcionários da PF será tomada hoje, quando haverá assembléias em todo o país. Se não aceitarem a proposta, os policiais prometem deflagrar uma greve por tempo indeterminado. Sem um acordo, os funcionários prometiam prorrogar a paralisação de 72 horas encerrada ontem.

Reajuste
"Nós estamos com o menor salário entre as carreiras criminais, mas acho que o acordo foi o possível e espero que seja aprovado", disse o presidente da ADPF (Associação dos Delegados da PF), Sandro Avelar.
Para o governo, o impacto do reajuste neste ano será de R$ 69,8 milhões. Em 2008, será de R$ 470,02 milhões; em 2009, de R$ 573,7 milhões e, em 2010, de R$ 580,3 milhões.
"Foi uma negociação difícil, que vem desde 2005. O governo reconheceu os termos do ano passado e finalmente chegamos a um bom termo", disse o secretário de recursos humanos do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, que negociou com os sindicalistas. Ele afirmou que o governo não irá avançar mais na negociação porque não há limite orçamentário para isso.

Filas
Ontem, antes de o acordo entre governo e servidores da PF ser fechado, passageiros de vôos internacionais voltaram a enfrentar enormes filas nos aeroportos do país por conta do terceiro dia de operação-padrão, com checagem rigorosa da documentação por parte dos agentes.


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