|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Acordo entre governo e servidores pode pôr fim à paralisação da PF
Funcionários da polícia votarão proposta hoje em assembléias em todo o país
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Depois de quatro horas de
negociação, o governo fechou
ontem à noite um acordo com
os funcionários da Polícia Federal que pode colocar um ponto final na paralisação da categoria. O governo ofereceu dividir o reajuste de 30% que havia
prometido conceder à categoria ainda em 2006 em três parcelas que serão pagas em setembro deste ano, fevereiro de
2008 e fevereiro de 2009.
A proposta do Ministério do
Planejamento prevê o pagamento de 30% em setembro
deste ano, outros 55% em fevereiro de 2008 e os 15% restantes em fevereiro de 2009.
A negociação foi difícil. Antes
de conseguir um acordo, o governo fez três propostas. Acabou aceitando a apresentada
pela categoria. O reajuste será
concedido por meio da criação
de medida provisória.
A decisão dos funcionários
da PF será tomada hoje, quando haverá assembléias em todo
o país. Se não aceitarem a proposta, os policiais prometem
deflagrar uma greve por tempo
indeterminado. Sem um acordo, os funcionários prometiam
prorrogar a paralisação de 72
horas encerrada ontem.
Reajuste
"Nós estamos com o menor
salário entre as carreiras criminais, mas acho que o acordo foi
o possível e espero que seja
aprovado", disse o presidente
da ADPF (Associação dos Delegados da PF), Sandro Avelar.
Para o governo, o impacto do
reajuste neste ano será de R$
69,8 milhões. Em 2008, será de
R$ 470,02 milhões; em 2009,
de R$ 573,7 milhões e, em 2010,
de R$ 580,3 milhões.
"Foi uma negociação difícil,
que vem desde 2005. O governo
reconheceu os termos do ano
passado e finalmente chegamos a um bom termo", disse o
secretário de recursos humanos do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, que
negociou com os sindicalistas.
Ele afirmou que o governo não
irá avançar mais na negociação
porque não há limite orçamentário para isso.
Filas
Ontem, antes de o acordo entre governo e servidores da PF
ser fechado, passageiros de
vôos internacionais voltaram a
enfrentar enormes filas nos aeroportos do país por conta do
terceiro dia de operação-padrão, com checagem rigorosa
da documentação por parte dos
agentes.
Texto Anterior: Proposta da Anac disciplina overbooking Próximo Texto: Decisão do TJ mantém presidente da antiga Febem Índice
|