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Scaringella reconhece limitação de estrutura para atendimento
Presidente da CET diz que, com a atual frota, capital sempre vai precisar de melhorias
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), Roberto Scaringella, reconhece a limitação da estrutura
de atendimento da companhia.
"Uma cidade que chega a licenciar mil veículos por dia
sempre vai precisar de mais fiscais, mais sistema viário", disse
Scaringella.
"Procuramos compensar esse baixo número de agentes
com tecnologia", afirmou o
presidente da CET, citando semáforos inteligentes e leitores
automáticos de placas como
itens que compensam as deficiências da operação.
A CET abriu neste ano concurso para selecionar novos
agentes, mas o edital não prevê
número de vagas nem data para
contratação de operadores. O
concurso, a ser realizado em junho, tem validade de um ano.
Na semana passada foram
entregues 65 novos veículos à
CET. São oito miniguinchos, 6
motos, duas vans e 49 automóveis, que substituem carros
com mais de oito anos da frota
da companhia, que passa a ter
ao todo 812 veículos -18% deles estão em manutenção.
"Os veículos [novos] fazem
com que o tempo do atendimento seja menor", diz Scaringella. Ele espera que o tempo
médio de chegada das equipes
da CET aos locais de ocorrências passe a ser menor do que o
atual, em torno de 12 minutos.
Segundo Scaringella, a companhia está licitando um novo
sistema de comunicação "totalmente digital, dentro da melhor tecnologia, um dos mais
avançados do mundo". O presidente da companhia, porém,
não deu detalhes do sistema.
Atualmente, celulares da empresa Claro, adquiridos no início deste mês, são usados pelos
agentes para falar entre si e
com a central. "Estamos em fase de transição ou procedimentos de emergência", disse.
De janeiro a abril, a CET esteve oficialmente sem sistema
de comunicação, já que o contrato de fornecimento dos antigos palmtops -feito em 2005
em caráter emergencial e renovado sucessivamente desde então- foi cancelado no final do
ano passado, após pressões da
Promotoria e auditorias do Tribunal de Contas do Município.
Caminhões
Segundo o secretário Alexandre de Moraes (Transportes),
nas marginais, embora o número de caminhões represente
20% dos veículos, na hora do
pico seu volume físico chega a
até 42% do tráfego.
A prefeitura anunciou para o
dia 30 de junho o início da restrição ao transporte de cargas
por caminhões em uma área de
100 km2, além do rodízio de caminhões nas marginais e avenida dos Bandeirantes.
Para a fiscalização, 60 radares estão sendo licitados, e
mais 80 devem ser adquiridos
nos próximos meses.
Segundo especialistas, um
terço da frota da cidade circula
irregularmente. A inspeção
veicular, iniciada neste mês para os caminhões, deve começar
para os carros em 2009.
Contrariando tendências e
especialistas em mobilidade
urbana, o secretário dos Transportes afirma que "há um limite para o crescimento [da frota]
de veículos [da capital]".
"Estamos com 6 milhões de
veículos, mas esse número uma
hora tende a diminuir porque a
população de São Paulo, de 11
milhões de habitantes, não pode chegar a ter mais de 6,5 milhões, 7 milhões de carros",
afirmou o secretário.
A prefeitura nega porém que
esteja estudando medidas de
cobrança pelo uso das vias pelos automóveis particulares.
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