São Paulo, domingo, 25 de maio de 2008

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Scaringella reconhece limitação de estrutura para atendimento

Presidente da CET diz que, com a atual frota, capital sempre vai precisar de melhorias

DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), Roberto Scaringella, reconhece a limitação da estrutura de atendimento da companhia.
"Uma cidade que chega a licenciar mil veículos por dia sempre vai precisar de mais fiscais, mais sistema viário", disse Scaringella.
"Procuramos compensar esse baixo número de agentes com tecnologia", afirmou o presidente da CET, citando semáforos inteligentes e leitores automáticos de placas como itens que compensam as deficiências da operação.
A CET abriu neste ano concurso para selecionar novos agentes, mas o edital não prevê número de vagas nem data para contratação de operadores. O concurso, a ser realizado em junho, tem validade de um ano.
Na semana passada foram entregues 65 novos veículos à CET. São oito miniguinchos, 6 motos, duas vans e 49 automóveis, que substituem carros com mais de oito anos da frota da companhia, que passa a ter ao todo 812 veículos -18% deles estão em manutenção.
"Os veículos [novos] fazem com que o tempo do atendimento seja menor", diz Scaringella. Ele espera que o tempo médio de chegada das equipes da CET aos locais de ocorrências passe a ser menor do que o atual, em torno de 12 minutos.
Segundo Scaringella, a companhia está licitando um novo sistema de comunicação "totalmente digital, dentro da melhor tecnologia, um dos mais avançados do mundo". O presidente da companhia, porém, não deu detalhes do sistema.
Atualmente, celulares da empresa Claro, adquiridos no início deste mês, são usados pelos agentes para falar entre si e com a central. "Estamos em fase de transição ou procedimentos de emergência", disse.
De janeiro a abril, a CET esteve oficialmente sem sistema de comunicação, já que o contrato de fornecimento dos antigos palmtops -feito em 2005 em caráter emergencial e renovado sucessivamente desde então- foi cancelado no final do ano passado, após pressões da Promotoria e auditorias do Tribunal de Contas do Município.

Caminhões
Segundo o secretário Alexandre de Moraes (Transportes), nas marginais, embora o número de caminhões represente 20% dos veículos, na hora do pico seu volume físico chega a até 42% do tráfego.
A prefeitura anunciou para o dia 30 de junho o início da restrição ao transporte de cargas por caminhões em uma área de 100 km2, além do rodízio de caminhões nas marginais e avenida dos Bandeirantes.
Para a fiscalização, 60 radares estão sendo licitados, e mais 80 devem ser adquiridos nos próximos meses.
Segundo especialistas, um terço da frota da cidade circula irregularmente. A inspeção veicular, iniciada neste mês para os caminhões, deve começar para os carros em 2009.
Contrariando tendências e especialistas em mobilidade urbana, o secretário dos Transportes afirma que "há um limite para o crescimento [da frota] de veículos [da capital]".
"Estamos com 6 milhões de veículos, mas esse número uma hora tende a diminuir porque a população de São Paulo, de 11 milhões de habitantes, não pode chegar a ter mais de 6,5 milhões, 7 milhões de carros", afirmou o secretário.
A prefeitura nega porém que esteja estudando medidas de cobrança pelo uso das vias pelos automóveis particulares.


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