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No Maranhão, voluntário troca folga por abrigo
SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO LUÍS
A professora Lissandra
Fraga, 31, levou a amiga
Andréa Bayma, 28, que,
por sua vez, chamou a irmã Adriana. As três trocaram a folga do último sábado para ajudar os desabrigados do Maranhão,
um dos Estados mais atingidos: 135 mil pessoas estão desalojadas ou desabrigadas por causa das enchentes e 13 morreram.
"Ontem, vi na TV umas
pessoas fazendo comida
em um abrigo. Só havia
dois ossos grandes dentro
da panela. Então decidi
ajudar", disse a professora,
que trocou a festa de aniversário do irmão pelo trabalho voluntário.
A parte mais pesada da
tarefa é a montagem de
cestas básicas, de 20 kg em
média cada uma. Para essa
atividade, a Defesa Civil
convoca voluntários de
uma lista de pessoas que se
prontificaram a ajudar.
Todos os dias saem dali
cerca de 2.000 cestas com
itens doados pela Defesa
Civil nacional, pelo Estado, por empresas privadas
e por particulares.
A doméstica Nólia Alves
dos Santos, 43, foi de ônibus entregar os alimentos.
"Eu já passei por coisa parecida. Perdi tudo em um
incêndio na minha casa e
recebi ajuda", disse Nólia,
que gastou nas doações R$
40 de seu salário mensal,
de cerca de R$ 600.
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