São Paulo, segunda-feira, 25 de maio de 2009

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No Maranhão, voluntário troca folga por abrigo

SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO LUÍS

A professora Lissandra Fraga, 31, levou a amiga Andréa Bayma, 28, que, por sua vez, chamou a irmã Adriana. As três trocaram a folga do último sábado para ajudar os desabrigados do Maranhão, um dos Estados mais atingidos: 135 mil pessoas estão desalojadas ou desabrigadas por causa das enchentes e 13 morreram.
"Ontem, vi na TV umas pessoas fazendo comida em um abrigo. Só havia dois ossos grandes dentro da panela. Então decidi ajudar", disse a professora, que trocou a festa de aniversário do irmão pelo trabalho voluntário.
A parte mais pesada da tarefa é a montagem de cestas básicas, de 20 kg em média cada uma. Para essa atividade, a Defesa Civil convoca voluntários de uma lista de pessoas que se prontificaram a ajudar.
Todos os dias saem dali cerca de 2.000 cestas com itens doados pela Defesa Civil nacional, pelo Estado, por empresas privadas e por particulares.
A doméstica Nólia Alves dos Santos, 43, foi de ônibus entregar os alimentos. "Eu já passei por coisa parecida. Perdi tudo em um incêndio na minha casa e recebi ajuda", disse Nólia, que gastou nas doações R$ 40 de seu salário mensal, de cerca de R$ 600.

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